1“As pessoas direitas morrem, e ninguém se importa; os bons desaparecem, e ninguém percebe.É o poder do mal que os leva embora, 2 mas eles encontram a paz. Os que vivem uma vida correta descansam em paz na sepultura.” Deus condena a idolatria 3 O Senhor Deus diz: “Venham cá para serem julgados, seus filhos de uma feiticeira, raça de adúlteros e prostitutas!
4 De quem é que vocês estão zombando? De quem é que caçoam com essas caretas? Vocês são pecadores e mentirosos. 5 “Debaixo das árvores sagradas, vocês se entregam à imoralidade para adorar os deuses da fertilidade. E nas fendas das rochas, perto dos ribeirões, vocês oferecem os seus filhos em sacrifício aos deuses pagãos. 6 Vocês pegam pedras lisas dos riachos, para serem os deuses que vocês adoram, e apresentam a elas ofertas de vinho e de cereais. Vocês estão pensando que isso me agrada? 7 Vocês vão para o alto das montanhas, e ali praticam atos imorais, e oferecem sacrifícios aos deuses pagãos. 8 Vocês colocam os seus ídolos indecentes atrás da porta das suas casas. Esquecem de mim, tiram a roupa e deitam-se na cama com os seus amantes, a quem pagarem para dormir com vocês; e então satisfazem os seus desejos impuros. 9 “Vocês pegaram azeite e muitos perfumes e foram adorar o deus Moloque. Enviaram mensageiros por toda parte à procura de deuses para adorar, e esses mensageiros foram até o mundo dos mortos.
10 Vocês se cansaram de tanto viajar, mas não ficaram desanimados. As suas imagens nojentas lhes deram forças, e por isso vocês não desistiram. 11“Vocês têm tanto medo desses deuses! Mas quem são eles para que vocês me contem mentiras e me esqueçam completamente? Será que é porque eu fiquei calado tanto tempo, que vocês não me temem?
12 Eu vou mostrar a todos o que vocês fazem, essas ações que vocês acham certas; mas elas não adiantarão nada. 13 Quando vocês gritarem pedindo ajuda, os seus muitos deuses não os atenderão.
O vento levará esses deuses para longe, um sopro os fará desaparecer. Mas os que confiam em mim morarão na Terra Prometida; o meu monte santo será deles.” A compaixão de Deus 14 O Senhor diz:
“Preparem o caminho, aplanem a estrada, para que o meu povo possa voltar para mim.” 15 Pois o Altíssimo, o Santo Deus, o Deus que vive para sempre, diz: “Eu moro num lugar alto e sagrado,
mas moro também com os humildes e os aflitos, para dar esperança aos humildes e aos aflitos, novas forças. 16 Não continuarei repreendendo o meu povo e não ficarei irado para sempre; se não, morreriam os seres que eu criei, aqueles a quem dei o sopro da vida. 17 Por causa do pecado e da cobiça do meu povo, eu fiquei irado com eles e os castiguei. Na minha ira, eu me afastei deles, mas mesmo assim eles continuaram teimosos e seguiram o seu próprio caminho.
18 “Tenho visto como eles agem, mas eu os curarei e os guiarei; eu os consolarei. Nos lábios dos que choram, 19 colocarei palavras de louvor. A todos ofereço a paz, paz aos que estão perto e aos que estão longe; eu os curarei. 20 Porém os maus são como o mar agitado: as suas ondas não se acalmam
e trazem lama e sujeira para a terra. 21 Não há segurança para esses pecadores.”
O meu Deus falou.
Que maior conforto poderia haver para aqueles cujos entes queridos foram arrebatados pelo grande inimigo, a morte, do que os versos 1 e 2 deste capítulo! (“Os justos são tirados para serem poupados do mal. Aqueles que andam retamente entrarão na paz; acharão descanso na morte” NVI). A morte nunca acontece de forma aleatória. O Soberano do Universo está totalmente no controle da vida e da morte.
Além disso, os filhos de Deus nunca morrem sozinhos; sua morte nunca é sem sentido. No momento certo o próprio Deus permite que descansem a fim de poupá-los de algum mal; algo que seria mais do que poderiam suportar. Ele os retira do reino deste mundo de pecado, sofrimento e agonia. Como seu Criador e Redentor Ele fica perto dos Seus filhos na hora da morte e recolhe para Si o fôlego de vida que lhes deu ao nascerem. Eles dormem em paz até que sejam despertados para verem o seu Senhor vindo sobre as nuvens do céu, para inaugurar o tão esperado Reino da Glória. Que esperança! Que conforto para o povo de Deus!
Quão diferente é a vida e a morte daqueles que rejeitam a Deus. Os versos 3 -13a mostram que aqueles que O rejeitam, o fazem com desafio calculado. Suas vidas são marcadas por orgulho e arrogância. Eles não tem paz e tornam-se progressivamente mais imorais e sem coração. Eles não parecem se importar como o seu comportamento afeta seus filhos (5b).
Em um contexto moderno, parece que muitos estão subindo na escala social e ganhando reconhecimento mundial, mas muito frequentemente, eles se encontram emocionalmente falidos, impotentes e abandonados por Deus e pelo homem (v. 10-13a). Uma vida assim conduz ao desespero e, eventualmente, para a solidão de um túmulo escuro sem Deus (“o fundo do poço”, v.9 NVI).
Por outro lado, a vida daqueles que pertencem ao povo de Deus é marcada por contrição e humildade, qualidades que são essenciais para a cura e a plenitude; a contrição abre o caminho para a justificação e a humildade marca o caminho da santificação.
Pessoas com essas características são considerados por Jesus em Seu Sermão da Montanha como “abençoadas” e são retratadas como cidadãs do Reino dos Céus.
O “Alto e Sublime, que vive para sempre”, se inclina para fazer sua habitação com “o contrito e humilde de espírito” (v. 15 NVI). Ele prepara um caminho para os seus filhos e remove os obstáculos do caminho (v.14). Ele os cura, conforta e os orienta no caminho ajudando-os a transpor as presentes provações e a alcançarem o lugar de descanso final no reino de Deus (v.18).
Ao compararmos a vida do justo e do ímpio, nos parece incompreensível que alguém rejeite a paz que Deus oferece. No entanto o pecado cega as pessoas e as leva a rejeitarem a Deus.
O justo encontra paz não apenas no momento da morte. O Servo sofredor confere-lhes o concerto de paz que nunca será removido (Is 54:10-13). Seus filhos vivem em uma atmosfera de paz e louvor (v. 19) que o mundo não pode dar ou compreender.
Aleta Bainbridge
Austrália