domingo, 15 de março de 2015

Sabedoria...“Nós apenas ouvimos falar dela.”


Olhos abertos para tudo o que é precioso
1 Há minas de onde se tira a prata, há lugares onde se refina o ouro.
2 O ferro é tirado da terra, e das pedras se derrete o cobre.
3 Os mineiros levam luz para debaixo da terra; eles exploram lugares profundos e ali, na escuridão, procuram minérios.
4 Longe das cidades, em lugares por onde ninguém passa, eles abrem os poços das minas. E trabalham na solidão, pendurados e balançando de um lado para outro.
5 Por cima deles, a terra produz trigo e por baixo está toda rasgada e esmigalhada.
6 As suas pedras contêm safiras, e no seu pó se encontra ouro.
7 As águias não veem o caminho que desce para as minas, e os falcões também não o conhecem.
8 Os leões e outros animais ferozes nunca descem por esse caminho.
9 Os homens cavam as rochas mais duras e cortam as montanhas até o chão.
10 Eles furam túneis nas pedras, com olhos abertos para tudo o que é precioso.
11 Eles cavam até chegar às nascentes dos rios e trazem para a luz o que estava escondido.
O valor da sabedoria
12 Mas onde pode ser achada a sabedoria? Em que lugar está a inteligência?
13 Os seres humanos não conhecem o valor da sabedoria e não a encontram neste mundo.
14 O Oceano afirma: “Aqui não está”, e o Mar diz: “Aqui também não.”
15 Ela não pode ser comprada com ouro, nem trocada por prata.
16 Não se compra a sabedoria com o ouro mais puro, nem com pedras preciosas, como a ágata ou a safira.
17 Ela vale mais do que o ouro ou o vidro; não se pode trocá-la por joias de ouro puro.
18 Do coral e do cristal nem se fala; a sabedoria é mais valiosa do que as pérolas.
19 O topázio da Etiópia não se compara com ela; e ela não pode ser comprada com o ouro mais puro.
Só Deus sabe onde está a sabedoria
20 De onde vem, então, a sabedoria? Em que lugar está a inteligência?
21 Nenhum ser vivo pode vê-la, nem mesmo as aves que voam no céu.
22 Até a Destruição e a Morte dizem: “Nós apenas ouvimos falar dela.”
23 Só Deus conhece o caminho; só ele sabe onde está a sabedoria 24 porque a sua vista alcança os lugares mais distantes do mundo; ele vê tudo o que acontece aqui na terra.
25 Quando Deus regulou a força dos ventos e marcou o tamanho do mar; 26 quando decidiu onde a chuva devia cair e por onde a tempestade devia passar; 27 foi então que ele viu a sabedoria, e a examinou, e aprovou.
28 E ele disse aos seres humanos: “Para ser sábio, é preciso temer o Senhor; para ter compreensão, é necessário afastar-se do mal.”

Comentário:

Aqui temos o melhor de Jó. Alguns o vêem apenas fazendo uma pausa, em virtude do debate estar tão acirrado, para se focar em Deus. Mas, eu vejo Jó tratando da questão da aparente injustiça de Deus, ao tratar dos homens de maneira diferente (Ex: alguns ímpios prosperam nesta vida, enquanto alguns justos sofrem). Jó chega tão perto de uma resposta, quanto um finito mortal pode chegar. Deus tem sábios propósitos que estão além da nossa capacidade de compreensão. Algumas coisas são mantidas em segredo, não nos sendo reveladas nesta vida. Green: “Há um mistério envolvendo a administração divina que é totalmente impenetrável ao entendimento humano.”

Grandes questões no v. 12 e 20. Grandes respostas no v. 23.

I. A sabedoria humana na busca por tesouros, v. 1-11.
Jó evidentemente está se referindo a tecnologia da sua época, que escavava até aos veios mais profundos da terra, em busca dos metais preciosos como a prata e o ouro, v. 1; ferro e cobre v. 2; safira, v.6.
v. 3 Dentro dos túneis das minas havia necessidade de luz artificial (já conhecida naquela época então). Eram lugares tão perigosos quanto hoje em dia o são.
v. 4 As águas subterrâneas não eram um empecilho para os homens. Eles arrumavam um meio de drená-las.
v. 5 Método de se colocar fogo no túnel. Quando as pedras estavam quentes, jogava-se água nelas, fazendo com que se rachassem e assim fossem retiradas.
v. 7 Os mineradores chegavam a lugares onde ave alguma havia chegado (v. 8) nem animal algum havia pisado.
v. 9 Cavando debaixo das montanhas.
v. 10 Sistema de drenagem para limpar as minas.
v. 11 Sistema de segurança para evitar que a mina fosse inundada.
Que diligência e genialidade! Superava-se cada obstáculo. Que sucesso!

II. A inabilidade do homem na busca dos tesouros de Deus, v. 12-22.
v. 12 Você pode cavar fundo o suficiente para encontrar a sabedoria e o conhecimento? Henry: “As cavernas da terra podem ser descobertas, mas não os conselhos do céu. Os homens podem mais facilmente vencer as dificuldades que encontram na busca de tesouros terrenos, do que aquelas que encontram para obter sabedoria divina. Eles sofrem muito mais para aprender como viver neste mundo, do que como viver para sempre num mundo melhor.” Nossa habilidade versus nossa inabilidade. Nenhum esforço na procura das coisas profundas de Deus. Nossa tolice em trabalhar muito pelo ouro e pouco pela graça e glória.
v. 13 e 15 Sabedoria e conhecimento não estão à venda, não podem ser comprados.
v. 14 Não podem ser descobertos, nem “tropeçamos” sobre eles.
v. 16 -19 O valor imensurável da sabedoria de Deus.
v. 20 A grande pergunta é repetida novamente.
v. 21 Ninguém no mundo pode encontrá-la.
v. 22 As almas dos que morreram podem começar a ter um vislumbre dela.

III. A sabedoria de Deus oculta e a revelada, v. 23-28.
1. Ele mantém alguns segredos consigo mesmo! v. 23. Toda sabedoria e entendimento pertencem a Ele.
v. 24 -27 Exemplos da grande sabedoria de Deus: pesar o vento e a água; controlar o ciclo hidrológico, o relâmpago e trovão. De acordo com Morris, “O fato de o ar possuir um peso, é um fato provado cientificamente apenas cerca de 300 anos atrás.”... Mas, Deus revelou isso a Jó! Deus colocou a quantidade exata de ar e água para que a terra pudesse sustentar a vida. (Aqui há sabedoria além do nosso alcance! Nossa sabedoria na escavação de uma mina é apenas um pálido reflexo da sabedoria do nosso Criador.)
v. 27 “Quando Deus determinou estas coisas, em Seu conselho celestial, Ele também determinou como agiria em tudo aquilo que diz respeito à vida do homem, que é o assunto que nós quatro temos debatido esse tempo todo.”
2. As coisas que nos foram reveladas: v. 28, Temer a Deus e apartar-se do mal. Estas duas coisas são especialmente mencionadas a respeito de Jó no capítulo 1: 1 e 8, e no capítulo 2: 3. “Esta tem sido a minha posição o tempo todo!...Caminhar na luz que eu tenho, e deixar tudo mais para os sábios propósitos de Deus. Mas, vocês três têm tirado conclusões apressadas a respeito de coisas que desconhecem.”

Observe:

1. A sabedoria é louvada no livro de Provérbios. O Novo Testamento nos ensina a orar para adquiri-la. A vida sem sabedoria dada por Deus é vaidade (carece de sentido ou valor-Eclesiastes). O temor do Senhor é o princípio da sabedoria (Provérbios 1: 7; 9: 10; Salmo 111: 10). *Conhecer a Deus é essencial para que tenhamos um conhecimento apropriado de todas as outras coisas.
2. A despeito de toda a nossa habilidade e conhecimento, não sabemos nada a respeito dos grandes temas da vida, a menos que Deus nos ilumine e nos esclareça. “Quem é você?”
Há uma historinha a respeito do famoso filósofo do pessimismo, Arthur Schopenhauer (1788 - 1860), que estava assentado meio maltrapilho num parque de Frankfurt, e um guarda do parque, que o confundiu com um mendigo ou vagabundo, lhe perguntou: Quem é você? Ao que o filósofo exclamou: Como eu gostaria de saber!
*Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência! (Colossenses 2: 3), o qual para nós foi feito por Deus sabedoria (I Coríntios 1: 30). Ele é o alicerce inabalável, a âncora firme em meio a um mar de mudanças, incertezas e relatividades. Ele é o absoluto.
3. Não precisamos saber como Deus governa o mundo, mas devemos saber como Ele nos governa! Conhecimento especulativo versus conhecimento prático. O conhecimento proveitoso é aquele que nos ensina como devemos viver. Teme a Deus como uma criança teme aos seus amados pais. Fuja do mal. Confie. Seja humilde. Permaneça em tremor.
4. Quando a providência de Deus for dolorosa, misteriosa e incompreensível para nós, a atitude mais segura é nos ocuparmos na prática dos deveres santos, ao invés de nos bisbilhotarmos em Seus propósitos secretos. (E não se preocupe, ou se irrite!) Romanos 8: 28; 11: 33.

Daniel A. Chamberlin


Insistirei na minha inocência


Resposta de Jó
Insistirei na minha inocência
1 E Jó continuou em sua fala e disse: 
2“Juro por Deus, pelo Todo-Poderoso, que não quer me fazer justiça e que enche de amargura o meu coração, 3 juro que, enquanto ele me der forças para respirar, 4 os meus lábios nunca dirão coisas más, e a minha língua não contará mentiras.
5 Nunca direi que vocês têm razão de me acusar; enquanto viver, insistirei na minha inocência.
6 Fico firme e não desisto de dizer que estou certo, pois a minha consciência nunca me acusou.
Que meus inimigos sejam castigados
7 “Que todos os que são contra mim, os que são meus inimigos, sejam castigados como os maus, como os perversos!
8 Que esperança terão os ateus quando Deus lhes tirar a vida?
9 Quando estiverem em dificuldades, ele não ouvirá os seus gritos, 10 pois Deus não é a alegria deles,
e eles nunca fizeram orações ao Todo-Poderoso.
11 “Vou ensinar a vocês como é grande o poder de Deus, vou explicar os planos do Todo-Poderoso.
12 Não, não é preciso, pois vocês todos já viram isso. Então por que é que ficam aí dizendo bobagens?”
Quarta fala de Zofar
Deus castiga os maus
13 “Vou dizer como Deus, o Todo-Poderoso, castiga os homens maus e violentos.
14 As suas crianças passarão fome, e os seus filhos, mesmo que sejam muitos, morrerão na guerra;
15 os que ficarem vivos morrerão de doença, e as suas viúvas não chorarão por eles.
16 “O perverso pode ajuntar prata aos montes, pode ter muita roupa, muita mesmo, 17 mas algum dia uma pessoa direita usará essas roupas, e um homem honesto ficará com a prata. 
18 A casa que o homem mau constrói dura tão pouco tempo como uma teia de aranha ou como a cabana de um vigia numa plantação.
19 O homem mau vai rico para a cama, mas é pela última vez, pois, quando acorda, a sua riqueza já se foi.
20 O terror o arrasará como se fosse uma enchente, e de noite a tempestade o jogará longe.
21 O vento violento do Leste o arrancará da sua casa, 22 soprando contra ele sem piedade, enquanto ele faz tudo para escapar.
23 Ele corre, e o vento assobia e o apavora com o seu poder destruidor.”

Comentário:

Talvez a nossa expectativa fosse a de ouvir Zofar falar aqui. Ao invés disso, provavelmente após uma pausa, e o silêncio de Zofar, Jó continua a expor aquilo que pensa. (Capítulos 27-28 um discurso.)

Revisão: Satanás está confiante que Jó irá blasfemar de Deus. Satanás quer derrotar Deus através de Jó. Muita coisa está em risco. (* Nós levamos a sério a nossa própria experiência? Há muito mais em risco do que podemos imaginar!)

O último e grande ataque de Satanás: 3 amigos que esmagam Jó com a teologia rasa do evangelho da prosperidade. O falso dilema deles: “Se Deus está certo; Jó está errado, ou se Jó está certo; Deus está errado!” A posição de Jó: “Deve haver uma maneira de provar que tanto Deus, quanto eu, estamos certos. Não consigo enxergá-la, mas eu sei que estou certo!” (Por causa disso seus amigos o consideravam como um blasfemo.)

V. 1 discurso ou parábola, não no sentido de comparação ou similitude, mas instrução moral, seu argumento por completo, freqüentemente traduzido como provérbio.

I. Jó afirma sua integridade, v. 2-6.

1. Ele faz uso de um juramento para reforçar a certeza e a seriedade do que está prestes a dizer, v. 2a.

Ele alarga seu discurso sobre Deus v. 2b. “Aquele que recusou ser o juiz da minha causa e reteve Sua justiça. Este Deus Poderoso amargurou a minha alma e me afligiu.” Mais tarde estas palavras irão perseguir Jó (Cap. 34). Em meio a um grande sofrimento, ele exagera o caso, mas não blasfema de Deus.

- Não falemos apressadamente ou em autopiedade. Quantas vezes agimos assim na tentativa de nos justificar, mesmo que isto signifique lançar uma sombra de dúvidas no caráter de Deus! Tome cuidado com isso!

- Não devemos estar contentes apenas pelo fato de não blasfemarmos contra Deus, mas devemos estar certos que O honramos em tudo o que falamos.

- Deus é justo, porém, Seu método de justiça nem sempre é totalmente claro para a nossa visão deturpada. Devemos ser prontos a honrar Sua justiça e censurar a nossa incapacidade de vê-la ou medi-la.

2. “Estou resolvido e determinado a falar a verdade.” V. 3-4. Longe de blasfemar de Deus, Jó continua confiando e obedecendo a Ele com um coração puro. Ele reconhece sua própria fragilidade e dependência de Deus, v. 3. “Enquanto Deus me der vida...” ex: pela sua graça e capacidade.

- Nossos melhores planos e determinações estão sujeitos a que Deus nos preserve física e espiritualmente com vida.

3. “Concordar com vocês seria violar a minha consciência, o qual eu não ouso fazer. Eu devo manter a minha integridade.” V.5-6.

“Continuarei a confiar em Deus, haja o que houver. Mesmo que o céu desabe.”

- Devemos permanecer pacientemente no caminho da obediência, mesmo que não saibamos aonde isso nos levará. Ver Thomas p. 207.

- É errado confessarmos quando não somos culpados, admitir o que não fizemos só para mantermos a paz, etc. Isso viola nossa consciência, enfraquece nossa posição e ajuda a causa do inimigo. (Se a sua consciência está clara, não ouça ou aceite os argumentos de Satanás.)

II. “A hipocrisia não é vantajosa”, v. 7-10.

7. “Eu estou do lado do justo.” (Implica: “Vocês 3 estão do outro lado!)

Uma imprecação (pedindo julgamento sobre os inimigos). Considere:

- Nosso interesse deve ser a glória de Deus e não simplesmente o nosso próprio nome, ou tranqüilidade. Sem vingança pessoal.

- Não podemos orar “Venha o Teu reino” sem lembrarmos que o reino das trevas será destruído.

- No julgamento final, é exatamente isso o que ocorrerá com aqueles que não se arrependeram.

V. 8-10 Uma série de questões mostrando a tolice da hipocrisia.

- O hipócrita não tem esperança, v. 8. Comp. o rico e tolo de Lucas 12.

- A oração do hipócrita não é ouvida, v. 9. Comp. As virgens de Mateus 25.

- O hipócrita não tem prazer verdadeiro em Deus, v. 10. Portanto, ele não ora, a não ser por propósitos egoístas.

A posição de Jó: “Eu sou tão contrário aos malfeitores como vocês são. Eu seria um tolo se fosse culpado daquilo que vocês me acusam. Deus é a minha única esperança!”

- Deleitar-se em Deus e na oração são marcas de um coração verdadeiro. Em que você se deleita?

Durham: “Ter acesso a Deus em oração é uma condição mais feliz do que toda prosperidade...”

Henry: “Todos nós deveríamos escolher a condição de um mendigo do que a de um fora da lei, a de um escravo num navio, ou qualquer coisa do tipo, do que a condição de ímpio, apesar da muita pompa e prosperidade externa que possam oferecer. ...A razão dos hipócritas não permanecerem na fé, é o fato deles não terem prazer nisso.”

- Quando estiver com problemas, não deixe a comunhão com Deus. Ser provado, e ainda permanecer adorando a Deus, é a marca de um coração sincero, não a de um hipócrita.

III. O fim miserável do ímpio, v. 11-23.

v. 11 *Esteja disposto a aprender com um pobre e doente professor!

v. 12 “Isto é razoável, e vocês sabem disso. Vocês continuam errando com seus argumentos vazios!” (Note o plural aqui: ele está falando aos três.)

1. Deus castigará o ímpio nos seus filhos, v. 13-15.

2. Deus castigará o ímpio com a sua própria prosperidade, v. 16-18

v. 17 Compare com Provérbios 13: 22 e 28: 8.

v. 18 A traça faz a sua casa nas roupas somente para ser sacudida para fora delas. Um pastor ou viajante estende a sua tenda, mas ela é apenas temporária.

3. Deus castigará o ímpio na sua própria pessoa, v. 19-23.

v. 19 Não encontra descanso, de tão preocupado com suas riquezas. Sua vida passa rapidamente, como num piscar de olhos. Henry: “Dinheiro é como adubo, não serve para nada se não for espalhado.”

v. 22 Não escapa da morte

v. 23 Boa despedida! É triste ser esquecido, mas é mais triste ainda ser desprezado na morte.

Ponto: Deus fará justiça no final! (*...sendo assim, não duvide de que Ele seja justo neste momento!) Este foi o argumento de Jó o tempo todo.

Pergunta de alguns: Por que Jó parece concordar com o que os três haviam dito anteriormente? Será que eles estavam chegando a um denominador comum?

A. Penso que Jó estava alertando-os! “Seria melhor vocês ouvirem os seus próprios conselhos. Tomem do seu próprio remédio. Ouçam o seu próprio sermão! Vocês estão no alto e a seco agora, mas isso nem sempre será assim, especialmente após a morte!” Jó é corajoso em tomar a ofensiva aqui. Sua fé foi abalada, mas permanecia intacta. Ele era tão confiante em Deus, que podia falar assim.

Muitos que agora se acham em conforto, serão afligidos na eternidade. Muitos que agora são afligidos, serão confortados na eternidade. Com esta verdade em mente, caminhe confiando em Deus pela fé, mesmo que o seu mundo desabe! Mantenha a perspectiva. Continue olhando para Cristo e confiando nEle.

#41 Louvando a sabedoria de Deus

Daniel A. Chamberlin