quinta-feira, 19 de março de 2015

Quero solidão..


Viajo sozinha com o meu coração. 
Não ando perdida, mas desencontrada. 
Levo o meu rumo na minha mão. 
A memória voou da minha fronte. 
Voou meu amor, minha imaginação ... 
Talvez eu morra antes do horizonte. 
Memória, amor e o resto onde estarão? 
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra. 
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão ! 
Estandarte triste de uma estranha guerra ... )
Quero solidão. 

Cecília Meireles

Postado G+ por:  Inês Carlésio

Intimidades


O que é intimidade, ou até que ponto se é íntimo de alguém ?
A intimidade, inevitavelmente está ligada ao nosso corpo, o que fazemos dele, com ele, a nossa exposição física ...
Mas será o que temos de mais íntimo, o nosso corpo?
Será o nosso tesouro mais bem guardado?
Havendo um alguém a quem nos entregamos, compartilhamos o nosso corpo, será nosso íntimo, um amigo íntimo, um amante...
A verdadeira intimidade, quanto a mim vem da alma, está na nossa essência e ainda que tenhamos um alguém, com quem partilhamos a nossa vida, a nossa casa, ainda assim, pode não nos ser íntimo.
Afinal a nosso corpo é tão pouco, tão vulgar comparativamente à imensidão dos nossos pensamentos, dos nossos medos. O nosso âmago, o mais profundo de nós fica muitas vezes apenas reservado a nós próprios, na realidade nunca se chega a mostrar a nossa verdadeira alma.
E devemos nós expor o que de mais reservado, privado há em nós?
Os nossos maiores segredos, os receios, as angústias, serão exclusivos à nossa mente, ou haverá alguém capaz de guardar conosco o mais secreto de nós?
Amar é partilhar tudo o que em nós existe, corpo, sim, mas essencialmente a nossa alma, porque essa é a nossa verdadeira intimidade, reservada a muito poucos, se calhar apenas a nós, sendo que podemos durante a nossa vida estar com inúmeras pessoas e viver em plenitude com elas, mas a nossa intimidade deverá ser sempre preservada e entregue, porque nos queremos dar, porque o nosso amor vale a confissão... a nossa alma...

Escrito por Marisa 
Fonte: Vero Piacere

Esses profetas estão profetizando mentiras em meu nome.

A grande seca
1 O Senhor Deus me disse o seguinte a respeito da seca:
2 “O povo de Judá está de luto, chorando. As suas cidades estão morrendo, o povo está abatido, jogado no chão, e Jerusalém grita pedindo socorro.
3 Os ricos mandam os empregados buscar água. Eles vão até os poços, porém não encontram água e voltam com os potes vazios. Então cobrem a cabeça, desanimados e atrapalhados.
4 Os lavradores também cobrem a cabeça, desesperados porque não chove, e a terra está seca.
5 No campo, as veadas abandonam as suas crias, pois não há capim.
6 Os jumentos selvagens ficam parados no alto dos morros e, com falta de ar, respiram como os lobos. Eles não enxergam bem por falta de pasto.”
7 O meu povo disse: “Ó Senhor Deus, os nossos pecados nos acusam, mas pedimos que nos ajudes, como prometeste. Muitas vezes, nos afastamos de ti e contra ti temos pecado.
8 Tu és a única esperança do povo de Israel, tu és aquele que nos salva quando estamos em dificuldades. Por que é que tens de ser como um estrangeiro em nossa terra ou como um viajante que só pousa uma noite?
9 Por que é que tens de ser como um homem apanhado de surpresa, como um soldado que não tem força para defender os outros? Mas tu, ó Senhor, estás entre nós, e nós somos o teu povo. Não nos abandones!”
10 O Senhor Deus disse o seguinte a respeito desse povo: — Eles gostam de andar por aí e não sabem se controlar. Por isso, não estou satisfeito com eles. Eu lembrarei das maldades que fizeram e os castigarei por causa dos seus pecados. 11 Aí o Senhor me disse: — Não me peça para ajudar esse povo. 12 Mesmo que jejuem e orem, eu não os ouvirei. Não os aceitarei, mesmo que me ofereçam animais em sacrifício e me tragam ofertas de cereais. Pelo contrário, eu os matarei na guerra e também por meio de fome e de doenças. 13 Então eu disse:— Ó Senhor, meu Deus, tu sabes que alguns profetas estão dizendo ao povo que não vai haver guerra nem fome. Eles afirmam que prometeste que em nossa terra só haverá paz. 14 Mas o Senhor respondeu:— Esses profetas estão profetizando mentiras em meu nome. Eu não os enviei, nem lhes dei ordens e nunca lhes disse nada. As suas visões são mentiras, e as suas adivinhações não valem nada; eles inventam profecias só para enganar. 15 Eu, o Senhor, digo a você o que vou fazer com esses profetas que não enviei e que profetizam em meu nome, dizendo que não haverá guerra nem fome neste país. Eu os matarei na guerra e de fome. 16 As pessoas a quem eles disseram essas coisas também serão mortas na guerra e de fome. Os corpos delas serão jogados nas ruas de Jerusalém, e não haverá ninguém para sepultá-los. Isso acontecerá com todos eles — com as suas esposas, os seus filhos e as suas filhas. Eles pagarão pelas suas maldades. 17 Deus me mandou contar ao povo a minha tristeza e dizer: “Que os meus olhos derramem lágrimas dia e noite e que nunca parem de chorar, porque o meu pobre povo está muito machucado, está gravemente ferido.
18 Quando vou ao campo, vejo os corpos dos homens mortos na guerra; quando entro nas cidades, vejo pessoas morrendo de fome. Os profetas e os sacerdotes continuam o seu trabalho, porém não sabem o que estão fazendo.”
O povo confessa o seu pecado
19 “Ó Senhor Deus, será que rejeitaste completamente o povo de Judá? Será que detestas o povo de Sião? Por que nos feriste tanto, que não podemos ser curados? 
Nós esperamos a paz, mas nada de bom aconteceu; pensamos que íamos ser curados, mas o que veio foi o terror.
20 Ó Senhor, confessamos o nosso pecado e o pecado dos nossos antepassados; de fato, pecamos contra ti.
21 Lembra das tuas promessas e não nos desprezes. Não deixes que seja humilhada a cidade de Jerusalém,  o lugar do teu trono glorioso. Lembra da aliança que fizeste com o teu povo e não desistas dele.
22 Nenhum dos ídolos das nações pode fazer chover, nem o céu pode fazer cair chuva.
Pusemos a nossa esperança em ti, ó Senhor, nosso Deus, pois tu és aquele que faz todas estas coisas.”

Nem sempre os velhos sabem o que é certo!


1 Jó estava convencido da sua inocência, e por isso os três amigos desistiram de continuar a discutir com ele. 2 Acontece que ali estava um homem chamado Eliú, filho de Baraquel e descendente de Buz, do grupo de famílias de Rão. Eliú ficou muito zangado com Jó porque este dizia que era inocente e que Deus era culpado. 3 E também ficou zangado com os três amigos porque eles não puderam responder a Jó, dando assim a ideia de que Deus estava errado. 4 Eliú esperou para falar no fim, pois os outros eram mais velhos do que ele. 5 Quando viu que eles não souberam como responder a Jó, Eliú ficou zangado. Um sopro do Todo-Poderoso dá sabedoria
6 Então Eliú, filho de Baraquel e descendente de Buz, disse:
“Eu sou moço, e vocês são idosos. Foi por isso que não me atrevi a dar a minha opinião.
7 Pensei assim: ‘Que fale a voz da experiência, que os muitos anos mostrem a sua sabedoria!’
8 Mas acontece que dentro das pessoas há um espírito, há um sopro do Todo-Poderoso que dá sabedoria. 9 Nós não ficamos mais sábios com a idade, nem sempre os velhos sabem o que é certo. 10 Portanto, escutem o que digo, pois eu também vou dar a minha opinião. É Deus que tem de dar resposta a Jó 11 “Esperei que vocês falassem e escutei as suas razões. Enquanto vocês escolhiam as melhores palavras, 12 eu prestava toda a atenção. Mas nenhum de vocês convenceu Jó, nem deu resposta às suas palavras. 13 Como é que vocês podem dizer que descobriram a sabedoria? É Deus, e não um ser humano, quem terá de dar resposta a Jó. 
14 Eu nunca teria respondido como vocês; mas Jó estava falando com vocês e não comigo. Quero dar a minha opinião 15 “Jó, estes três estão derrotados e não têm mais palavras para continuar a discutir.
16 Eles já pararam; não falam mais. Será que devo continuar esperando enquanto estão calados?
17 Não! Eu darei a minha resposta agora e direi o que penso sobre o assunto.
18 Tenho muito o que falar e já não consigo mais ficar calado. 19 Se eu não falar, sou capaz de estourar como um odre cheio de vinho novo. 20 Não aguento mais; preciso desabafar, quero dar a minha opinião. 21 Não vou tomar partido nesta discussão e não vou adular ninguém.
22 Eu não costumo bajular; e, se bajulasse, o Criador logo me castigaria.

Comentários:

Sempre acreditei que o tempo e as cicatrizes nos desse a sabedoria necessária para vivermos, afinal de contas nosso corpo fica mais limitado, mais cansado e eu pensava... temos uma compensação, perdemos no corpo e ganhamos na alma! Isso não é verdade, não existe idade para um homem sábio, " Acontece que dentro das pessoas há um espírito, há um sopro do Todo-Poderoso que dá sabedoria.  Nós não ficamos mais sábios com a idade, nem sempre os velhos sabem o que é certo"

Rosa Soares



Chegamos à parte mais controversa do livro. Quem é Eliú? Um herói ou um vilão? Alguns não vêem nada de errado nele, enquanto outros; nada de bom, e há aqueles que ficam divididos entre as duas opiniões. (Eu sou mais inclinado a aceitar a primeira posição. Depende muito de como nós interpretamos e aplicamos o que ele diz.)
Os escritores modernos sugerem que ele não acrescenta nada de novo ao debate, concordando simplesmente com os três amigos. Ele é um jovem arrogante, boca-aberta, sabe-tudo, e que coloca palavras na boca de Jó, 35: 2. (Este ponto de vista pode somente ser aceito se admitirmos que Jó não falou nada de errado, ou imprudente.)
Se ele não diz nada de novo, então por que seis capítulos são dedicados a ele? Por que Deus não o repreende como fez com os outros três? Por que Jó não responde para ele da mesma maneira que respondeu aos outros? Por que Deus começa aonde Eliú termina? Veja como cap. 40: 2 8 concordam com 35: 2. (Em 38: 2, Deus se dirige á Jó, não Eliú.)
- Não vamos julgar Eliú da mesma maneira que os três amigos julgaram a Jó!
Pergunta: Por que Deus enviou Eliú? Por que não falou diretamente com Jó? Ver Green, pag. 126. A delicadeza de Deus!
Narrativa, v. 1-6a.
v. 1 Quando Jó terminou seu discurso, nenhum dos três amigos tentou falar novamente. Eles tentaram convencê-lo de que se encontrava sob julgamento devido ao pecado, mas eles não puderam abalar sua confiança, pois ele era justo aos seus próprios olhos. Ele insistia na sua própria integridade, por isso eles desistiram. Jó finalmente os havia silenciado!...Mas, há um custo bem alto nisso.
- Vencer um argumento pode custar mais do que o seu valor sugere. Ninguém pode contestar que Jó era justo. MAS, a questão que paira no ar é: como a justiça de Deus se encaixa na aflição de um homem justo?
v. 2 Eliú entra. Um dos muitos espectadores, um auditor dos discursos feitos até aqui. Talvez um parente de Abraão (Gên. 22: 21). Aqui temos um porta-voz daquela linha que teme a Deus, que irá defender a honra de Deus. Ascendeu-se a ira (4 vezes!). Primeiro, contra Jó. Eu vejo aqui um homem que é devorado pelo zelo da glória de Deus, cujo desejo é defender a Deus. Se por um lado, devemos evitar toda a ira desnecessária, lembre-se: Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira. Não deis lugar ao diabo. Tenha um interesse genuíno pela glória de Deus, para que não paire nenhuma sombra de revolta contra o bom nome de Deus. Note como a ira de Deus se ascendeu! 42: 7.
- Sejamos zelosos da honra de Deus. Há uma ocasião apropriada para uma indignação justa. Mas, tome cuidado para não cair na armadilha do diabo! Essa ira era justificável? Sim. Jó mantinha a sua própria integridade, mas não dizia o suficiente para manter a integridade de Deus. Jó não permitia que levantassem qualquer dúvida sobre o seu próprio caráter (como o cap. 31 vividamente declara). Mas, e quanto o caráter de Deus? Somos levados a acreditar que Deus simplesmente, por alguma razão que não entendemos, aflige o justo. Jó foi muito longe em sua autojustificativa. Ver cap 10: 2-3; 19: 11; 27: 2; 31: 35-37. “Eu quero comparecer perante um tribunal! Eu quero justiça! (Que Deus nos conceda misericórdia!) O tema: “Como Deus pode afligir o justo sem contrapor a Sua justiça?”Eliú não podia suportar isso! Ele enfatiza a justiça de Deus. OBS:Nunca a questione!
- Vamos defender a Deus mais do que a nós mesmos. Henry: “Jó deveria ter justificado e glorificado a Deus, deixando que a questão da sua reputação mudasse por si mesma.”
- Mesmo o mais maduro e consagrado dos santos pode exagerar uma determinada situação e precisar de correção. Henry: “Lisonjeamos nossos amigos quando não expomos as suas próprias faltas.”
- Em tempos de grande sofrimento, aflição, oposição e acusação, seja especialmente cuidadoso com a língua. (Jó 1: 22 não poderia ser colocado aqui).
- Não amaldiçoar a Deus não é o suficiente, pois devemos firmar Sua honra.
v. 3 Segundo, contra seus 3 amigos. Eles fizeram acusações muito graves e que não podiam provar. Mas, eles se recusavam a retirar tais falsas acusações. Eles estavam mais errados do que Jó! Os três amigos só podiam defender a justiça de Deus na maneira como tratava com Jó, e lançar dúvidas sobre o seu caráter. “Há erros dos dois lados.”...mas, Eliú está mais interessado em Jó.
- Na maioria das vezes, numa disputa acirrada, há erros dos dois lados. “Todos estão errados!”, assim Bill Rozell costumava dizer. Eliú surge como um moderador. (Embora sendo corajoso, nunca acusou Jó de hipocrisia).
v. 4 -5 A paciência e respeito de Eliú. Imagine a sua ansiedade ao esperar uma resposta correta dos outros três amigos, mas que não nunca ocorreu. Desapontamento! Algo precisava ser dito!
Apologia (Defesa) daquilo que ele fala, v. 6-22.
1. V. 6-10 “Eu entendi”. Deu preferência aos mais velhos e aparentemente também deu oportunidade para que falassem. Cap. 34: 1; 35: 1; 36: 1. Clame por sabedoria, v. 8 (como Eliú fez).
2. V. 11-13 “Eu ouvi tudo que foi dito”. Rápido para ouvir e tardio para falar. OBS:Seja um bom ouvinte. Henry: “Deveríamos estar sempre prontos a ouvir o que não gostaríamos, ainda que não pudéssemos provar todas as coisas.” Nunca responda um assunto antes de ouvi-lo por completo (Provérbios 18: 13).
3. V. 14-17 “Tenho algo novo a oferecer”. V. 14 “Não farei meras repetições daquilo que já foi dito.” Perspectiva nova e fresca. Durham: “Na maioria das vezes os espectadores entendem melhor o jogo do que os próprios jogadores.” O vs. 15 é uma narrativa?
4. V. 18-20 “Me sinto compelido a falar”. “Não consigo ficar em silêncio! Jó precisa ser respondido. Ele precisa de uma resposta!”
- A marca de um homem chamado por Deus. Compulsão. Mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos. E abriu-se a minha boca, e não fiquei mais calado. Cri, por isso falei. Estive muito aflito. E ai de mim, se não anunciar o evangelho!
(II Coríntios 4: 13; I Coríntios 9: 16) Uma mensagem digna de ser ouvida e que deve ser declarada!
5. V. 21-22 “Serei imparcial”. “Não a meu respeito, não a respeito de Jó, mas a respeito de Deus, da verdade.” Compare I Tessalonicenses 2: 5 - Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha.
- Aqueles que sofrem nunca serão ajudados com palavras lisonjeiras! Aponte-lhes a verdade, mesmo que isso doa, pois é único remédio verdadeiro e a cura.

Resumo:

Eliú surge como uma voz paciente, humilde e respeitosa da parte de Deus, sendo firme, corajoso, entusiasmado e zeloso da glória de Deus.

- Vamos nos esforçar para sermos assim! Há um tempo apropriado para falarmos! Henry: “Embora ele tivesse muito respeito pelos seus amigos, não os interrompendo quando falavam, ainda assim ele tinha muito mais respeito pela verdade e justiça (seus melhores amigos) para não traí-las pelo seu silêncio.”

Daniel A. Chamberlin