Hoje vou falar de um assunto triste: os golpes na internet. Saiu uma reportagem aqui
sobre isso e acho que vale a pena dividir com uma parcela das minhas
leitoras, que sempre conversam comigo ou mandam e-mails com dúvidas
sobre relacionamentos na internet. A verdade é dura mas é preciso dizer.
A maioria dos egípcios na internet só querem dinheiro ou sair do país
deles. Por isso abram os olhos, sigam as dicas que já postei inúmeras
vezes por aqui para não ser mais uma nesta triste estatística.
São incontáveis os contatos que recebi de mulheres que foram
roubadas. Não vou divulgar nomes, claro, mas algumas das histórias que já
chegaram até mim:
* Egípcio chega a vir até o Brasil, casa de papel passado até e
resolve abrir “negócio” com a ajuda da esposa. Com o dinheiro na mão –
no caso foram R$ 60 mil – sumiu do mapa.
* Egípcio fala milhares de coisas para brasileira na internet, o papo
de sempre que ama ela, não importa o que os pais pensem, ela pode fazer
o que quiser. Pede carta convite para vir para o Brasil. Ele arruma com
a família todo dinheiro emprestado para fazer uma conta fictícia no
banco e conseguir o visto. A menina gasta pouco desta vez, só os R$ 270
da carta convite. Mas assim que o egípcio pega o visto, nunca mais
aparece para falar com ela online. Vem para o Brasil, provavelmente já
tem algum contato aqui e faz a vida dele sozinho.
* Egípcio em uma semana já pede em casamento e fala que ama uma
mulher bem mais velha, com vida feita. Diz que não importa a idade dela,
nem o fato de não terem filhos. Depois de dias de enrolação, fala que
para vir para o Brasil só falta o dinheiro do visto: 300 dólares. Pede
para mandar via Western Union. Detalhe que o visto só custa uns 30
dólares. Imagina se por mês uma mulher em cada parte do mundo manda este
dinheiro para ele? Ele vive disso, de pedir dinheiro na internet para
futuras esposas.
****
Dito tudo isso, pense bem ao conhecer alguém na internet. Para ter
certeza das intenções dele, não diga que tem muito dinheiro, nem renda
certa. Não demonstre capacidade de ir para o Egito a qualquer hora e
muito menos de bancar a vinda dele. Não estou dizendo que isso não pode
acontecer, mas antes de confiar totalmente, dê uma testada. Alguns nem
querem vir para o Brasil, mas sim serem bancados no Egito mesmo, já que
lá seu dinheiro vai valer muito mais.
Entenda bem como um egípcio pensa, como a sociedade enxerga os
relacionamentos. Tenho muitas leitoras que são dançarinas e não é algo
bem visto por lá (a sociedade egípcia pensa isso, mesmo sendo a fonte
das músicas e desta dança, ninguém quer ter uma dançarina profissional
na família). Por isso se ele diz que não se importa com sua profissão e
que tudo bem vc mostrar seu corpo, veja se realmente é isso, pois não é
um comportamento comum deles, a não ser que ele já seja da própria área
do entretenimento.
Conheci uma leitora outro dia (uma querida, aliás ) que trabalha com
dança e ela me contou que passou muitos apuros no Egito, chegou a ficar
presa em casa, que até mesmo para sair de carro ele colovaca cortinas
nas janelas para ninguém vê-la. Antes, na internet, ele dizia que tudo
bem a profissão dela. Ela teve que fugir para conseguir voltar ao
Brasil.
Foi ela quem me contou que, no meio da dança do ventre, conhece
dezenas de meninas envolvidas com egípcios, e que praticamente todas se
deram muito mal. De perder muito tempo para nada até gastarem tubos de
dinheiro para o cara vir para cá e, muitas vezes, largar a esposa por
outra menina mais jovem ou simplesmente sumir do mapa depois de
conseguir o visto.
***
Bom, agora a reportagem que li hoje, só para mostrar também que este
comportamento não é típico dos egípcios, como muitas também chegam a
pensar e acusar. Isso é um problema global, golpistas do mundo todo
estão esperando por uma alma carente. Não são os egípcios apenas à
espreita, mas homens do Brasil, EUA, Inglaterra, etc, e diversos países.
Mulher apaixonada perde R$ 40 mil para namorado que conheceu na internet
É preciso ter muito cuidado ao frequentar sites de relacionamento
na internet, pois aumentou o número de golpes, dados por pessoas
que se dizem apaixonadas e que, na verdade, só querem mesmo é
dinheiro, ou no mínimo casa e roupa lavada.
Muitas vítimas escondem o rosto por vergonha de terem sido
enganadas pelos namorados que conheceram em sites que facilitam
encontros amorosos.
“Ele falava o que eu queria ouvir, contava histórias
interessantes”, diz uma delas. “Ele falava muito de família, de
amor, de casamento”, afirma outra vítima. “Eu achava que era uma
pessoa que estava querendo reconstruir a vida ao lado de uma
outra pessoa, porque o casamento dele não tinha dado certo. E no
final vi que não era nada disso”.
Para o delegado especialista em crimes digitais, José Mariano
de Araújo Filho, o rapaz tem uma característica comum à maioria
dos golpistas. “O que é comum em todos eles acaba sendo a
maneira como se expressam: se expressam bem, escrevem bem,
demonstram um certo tipo de conhecimento”.
R$ 40 mil
No caso de uma moça, o namoro virou casamento. Não de papel
passado, mas ficaram juntos um ano e ela chegou a emprestar R$
40 mil para pagar uma cirurgia que ele nunca fez. “Eu falava que
tinha um dinheiro por conta da venda de um apartamento, e ele
sabia exatamente a quantia, e foi exatamente a quantia que ele
pediu”.
“Esse é um crime de estelionato, onde a pessoa consegue vantagem ilícita em detrimento da vítima”, explica o delegado.
Príncipe vira sapo
Uma pesquisa mostra que o Brasil é o país com maior número de
internautas usando sites de relacionamento: 70% de quem acessa a
rede já entrou pelo menos uma vez num desses sites. Com o
movimento maior, crescem também os golpes. O príncipe virtual
pode virar um sapo real.
Uma moça hospedou em casa, durante um mês e meio, o namorado que
conheceu na internet. Depois de romper o relacionamento
descobriu que ele não tinha emprego e fazia desses romances meio
de vida. “Eram histórias que ele criou, era um personagem que
ele fez para conhecer pessoas pela internet, para seduzir e ter
uma boa vida”.
Quadrilhas
Já existem até quadrilhas que tomam dinheiro de pessoas
apaixonadas. Um site, por exemplo, alerta sobre um grupo de
nigerianos que aplica golpes em vitimas em qualquer canto do
mundo.
“Infelizmente neste tipo de crime a vítima não deseja expor
sua intimidade, então, ela não procura a polícia, não procura
absolutamente nada que possa facilitar se chegar ao criminoso”,
afirma José Mariano de Araújo Filho.
“A primeira coisa é denunciar e rapidamente, principalmente
algo que aconteça na internet, porque nela as testemunhas são as
máquinas. Elas podem contar o que aconteceu”, diz uma advogada.
Depois de cair no conto da alma gêmea, hoje, elas aconselham o
mesmo que os especialistas ensinam. “Vai atrás, procura saber o
rol de amigos para saber onde você está pisando”, explica uma
vítima. “Eu devia ter investigado. Eu confiava no que ele
falava, para mim era o suficiente”.
Fonte egitoebrasil.com
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