quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Se eu pudesse voar...



Se eu pudesse voar...
a distancia não importaria,
iria ao teu encontro,
e a minha boca na tua pousar,
Se eu pudesse voar...
em tua direção alçaria meu voo,
e em teu corpo o meu encaixar,
Se eu pudesse voar...
bateria as minhas asas,
levando a minha alma para a tua encontrar...
ah! se pudesse voar... em teu braços me aninharia e esperaria meu coração acalmar...
Coração que sente a tua ausência...
Em silencio eleva uma prece e agradece a oportunidade de amar...
...  se eu pudesse voar...

Rosa Soares

Quarentão!

Hoje, no dia que completo quarenta anos, olho para todos aqueles que fui e sinto que de alguma maneira ainda estão aqui.
Sou a síntese de todos os Flavios, da criança com expressões tristes ao menino fanático por aviação, o adolescente às vezes super protetor ao homem que ama os livros, todos aqui, com todas as suas nuances e contradições.
Meu sentimento no dia de hoje é que nenhum deles se perca, que todos despertem, melhorem, se alegrem pela valiosa contribuição, pelo que foram responsáveis para que o homem de quarenta anos amadurecesse.
Sou grato por tanta gente querida que de alguma forma interferiu no meu caminho, levou um pouco de mim, deixou um pouco de si.
Sei que “a coisa” que sou não tem idade, mas, na relatividade do tempo, em um dia tão significativo como hoje, o sentimento é de integralidade com todos que fui, todos em mim, vivos, para que eu jamais esqueça de onde eu vim e qual o caminho de casa.
Obrigado por caminhar comigo.
 

Flavio – 15- Out/ 2014

Quarentão... e cada dia mais lindo.... como todo respeito meu amigo... Que Deus te abençoe, pois ele já nos abençoou em ter você fazendo parte deste mundo, iluminando o lado escuro que somos obrigados a viver,  nos ajudando a conduzir nossas vidas com mais alegria e paz, apenas seguindo o teu conselho.... AQUIETANDO-NOS...
Tu és um ser de LUZ.... Parabéns!

 Rosa Soares

A Mulher que eu amo...

                    
                 
 A mulher que eu amo é linda
Ela é maravilhosa e cheirosa
Ela tem um jeitinho carinhoso
Sabe como ninguém o que é amar.

A mulher que eu amo, tem um jeito diferente
O seu olhar é meigo, seus beijos são calientes
A mulher que eu amo é independente
É muito linda e atraente.

A mulher que eu amo, gosta de ser caprichosa
Em tudo que faz tem um jeito  de amorosa
Ela nunca reclama do dias mal,
Mas ela é  carinhosa e muito especial.

A mulher que eu amo, sabe abraçar-me com ternura,
Gosta de beijar, e me chama de amor com doçura,
Ela me aquece com o calor de seu corpo quando estou com frio,
Abraça-me com carinho, e me beija com ternura.

A mulher que eu amo é linda e graciosa,
Tem uma boca delicada, um sorriso nos lábios encantador,
Te uma ternura no olhar, e esta sempre sorrindo,
Mas de vês em quando também chora, mas é um amor.

A mulher que eu amo tem nos seus lábios desejos,
Quando me beija com carinho, sempre faz um gracejo,
Faz-me sentir amado e por ela muitos desejos.
Faz-me sentir seu amor, ma dando muito carinho e muitos beijos.


A mulher que eu amo, toca meus lábios com as pontas de seus dedos.
Suas mãos macias e delicadas tocam o meu rosto,
Fazendo-me um carinho,
Enquanto beija meus lábios com desejos.

A mulher que eu amo é a mais linda de todas as mulheres
Quando sente saudade me espera com carinho e me chama de amor.
Ela sabe o quanto eu a quero, o quanto eu a amo.
Ela é a mulher do meu coração e quanto eu preciso de seu amor.   
A mulher que eu amo têm no corpo um jeito sensual.
Ela tem um olhar carinhoso, sua boca sensual
Ela sabe ser linda  e graciosa sem igual,
Um andar elegante, seu jeito de ser maravilhosa e muito especial.

A mulher que eu amo é linda em tudo


Agenivaldo Almeida Silva

O Medo de Ser


O medo de ser paralisa o gesto de afeto pelo temor do ridículo, da gozação e até do elogio.
O medo de ser impede a franqueza diante de quem se depende, impossibilita a entrega total porque pode ser mal interpretada.
O medo de ser prolonga muita coisa que já acabou.
Cria defesas mirabolantes: ficar rico, ser original, metido a diferente; ser o rei da festa, o engraçado.
O medo de ser cala raivas, sepulta ódios, finge que não liga, ensina a mandar, aprende a obedecer, passa a mão na cabeça, silencia a franqueza, teme a crítica, impede a ocupação do próprio espaço.
O medo de ser paralisa o gesto de amor, adia o telegrama de parabéns, não envia a carta de amor, finge que não odeia, depende do que aparenta. Ele estraga a alegria que não era sincera, atrapalha a viagem que era só fuga.
O medo de ser não comunga na hora em que dá vontade e sim por causa dos outros; não ensina a lição do próprio amor porque vive na dependência do amor alheio; não se olha no espelho com pavor de encontrar o rosto de quem inveja.
O medo de ser gera outros eus. Gera o tu, o ele, o nós, o vós, o eles no eu; e não o eu no tu, no ele, no vós, neles, como expressão mais autêntica e verdadeira do que somos e não do que fingimos ser.

Artur da Távola


O jardim de cada um


Há dentro de todos nós essa necessidade de ter em algum lugar nosso jardim secreto, não onde vamos confinar nossos segredos, mas onde podemos ter um encontro real e exclusivo conosco.
Umas pessoas sentem mais essa necessidade que outras, mas estar consigo de vez em quando, interiorizar-se, colocar ordem nos pensamentos ou simplesmente abandonar-se, é vital ao equilíbrio de todos nós.
Em todo relacionamento onde o amor existe, esse espaço deve ser conservado como o limite de cada um. Os relacionamentos fusionais que ultrapassam essas barreiras acabam por destruir-se, pois amar é também respeitar que a outra pessoa tenha seu recanto, seus pensamentos e, por que não, seus próprios amigos, próprias ideias e sonhos.
As pessoas não precisam estar juntas cem por cento do tempo para provarem que se amam. Elas se amam por que se amam e pronto. Dar ao outro um pouco de espaço, um pouco de ar para respirar, é dar-lhe também a oportunidade de sentir falta de estar junto. E isso vale tanto para os amores como para as amizades.
As cobranças intermináveis, resultados de carências afetivas, acabam por sufocar a outra parte e cria na que pede, espera, implora, ansiedades que a tornarão infeliz, pois ela verá como desamor qualquer gesto que não corresponda ao que espera.
Amar é deixar o outro livre para ficar ou para se retirar. É respeitar seu silêncio e seu desejo de solidão. E é deixá-lo livre para ir e voltar quando o coração pedir, que isso seja numa cidade ou dentro de uma casa.
Nada impede que um grande e lindo jardim seja construído juntos e que de mãos dadas se passeie por ele, com o peito cheio de felicidade e a cabeça cheia de sonhos... mas ainda assim, o jardim secreto de cada um deve ser mantido como lugar único e que vai, no fim das contas, enriquecer as relações.

Letícia Thompson