segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
A CRIAÇÃO TE LOUVA, SENHOR!
1 Minha alma, bendize o Senhor! Senhor, meu Deus, como és grande! Revestido de majestade e de esplendor,
2 envolto em luz como num manto. Tu estendes o céu como uma tenda,
3 constróis sobre as águas tuas moradas, fazes das nuvens teu carro, andas sobre as asas do vento;
4 fazes dos ventos teus mensageiros, das chamas de fogo teus ministros.
5 Firmaste a terra sobre suas bases, para ficar imóvel pelos séculos eternos.
6 Com o oceano a envolveste como num manto, as águas cobriam as montanhas.
7 À tua ameaça fugiram, ao fragor do teu trovão tremeram.
8 Sobem os montes, descem os vales ao lugar que lhes determinaste.
9 Para as águas marcaste um limite intransponível, para não tornarem a cobrir a terra.
10 Fazes brotar as fontes nos vales e escorrem entre os montes;
11 dão de beber a todas as feras do campo e os asnos selvagens matam sua sede.
12 A seus lados moram as aves do céu, cantam entre as ramagens.
13 De tuas altas moradas irrigas os montes, com o fruto das tuas obras sacias a terra.
14 Fazes crescer o feno para o gado, e a erva útil ao homem, para que tire da terra o seu pão:
15 o vinho que alegra o coração do homem,o óleo que realça o brilho do rosto e o pão que sustenta o seu vigor.
16 Saciam-se as árvores do Senhor, os cedros do Líbano que ele plantou.
17 Lá os pássaros fazem ninhos e a cegonha no seu topo tem sua casa.
18 Para as cabras são as altas montanhas, as rochas são refúgio para os roedores.
19 Fizeste a lua para marcar os tempos e o sol que sabe a hora de se pôr.
20 Estendes as trevas e chega a noite e vagueiam todas as feras da floresta;
21 rugem os leõezinhos em busca de presa e pedem a Deus seu alimento.
22 Quando fazes o sol nascer, se retiram e se escondem nas suas tocas.
23 Então sai o homem para o trabalho, para sua fadiga até a tarde.
24 Como são numerosas, Senhor, tuas obras! Tudo fizeste com sabedoria, a terra está cheia das tuas criaturas.
25 Eis o mar, espaçoso e vasto: nele há répteis sem número, animais pequenos e grandes.
26 Percorrem-no os navios, e o Leviatã que formaste para com ele brincar.
27 Todos de ti esperam que a seu tempo lhes dês o alimento.
28 Tu lhes forneces e eles o recolhem, abres a tua mão e saciam-se de bens.
29 Se escondes teu rosto, desfalecem, se a respiração lhes tiras, morrem e voltam ao pó.
30 Mandas teu espírito, são criados, e assim renovas a face da terra.
31 A glória do Senhor seja para sempre, alegre-se o Senhor com suas obras.
32 Ele olha a terra e fá-la saltar, toca os montes e fumegam.
33 Quero cantar ao Senhor enquanto eu viver, cantar a meu Deus enquanto eu existir.
34 Seja-lhe grato meu poema; a minha alegria está no Senhor.
35 Desapareçam da terra os pecadores e não existam mais os ímpios. Bendize o Senhor, minha alma!
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