Muitas coisas tem mudado desde que resolvi estudar sobre esse assunto, e garanto a vocês, mudado para melhor, eu estou muito feliz com o que estou fazendo, com as novas descobertas, mas, muito mais feliz por estar encontrando as respostas que busquei em toda a minha vida. Elas serão comentadas nas próximas páginas... com certeza!
Pela primeira vez, não consegui colocar com as minhas palavras uma conclusão de algo que estou lendo, estudando, o que vou descrever logo a seguir, além de ser um assunto complexo, ele é muito extenso, eu levaria muito tempo para montar uma ideia e não distorcer o seu conteúdo, preciso passar a mensagem correta, a base de tudo deve estar intacta. Como estou lendo o livro de Fritjof Capra, a maioria das palavras serão dele.
Mas vamos nessa!
A Física moderna tem exercido uma grande influência sobre quase todos os aspectos da sociedade humana.
Hoje, praticamente todos os setores da atividade industrial utilizam-se dos resultados da física atômica; ademais, é bem conhecida a influência de seus resultados sobre a estrutura política do mundo através de sua aplicação via armamento atômico. Contudo, a influência da física moderna ultrapassa a tecnologia, estendendo-se ao reino do pensamento e da cultura.
A exploração do mundo atômico e subatômico, no século XX, tem revelado uma limitação insuspeita das ideias clássicas, levando por conseguinte, a uma revisão radical de inúmeros de nossos conceitos básicos. O conceito da matéria na física subatômica, por exemplo, é totalmente diverso da ideia tradicional de uma substância material conforme encontramos na Física Clássica. Idêntica observação pode ser feita no tocante a conceitos como espaço, tempo, ou causa e efeito. Tais conceitos, não obstante, são fundamentais em nossa percepção do mundo, a partir de sua transformação radical, nossa perspectiva também passou a conhecer um processo de transformação.
Essas transformações geradas pela Física moderna tem sido amplamente discutidas por físicos e filósofos ao longo das últimas décadas. Contudo, raramente temos nos apercebido do fato de que todas parecem conduzir à mesma direção, ou seja, a uma visão do mundo semelhante às existentes no misticismo oriental. Os conceitos da física moderna oferecem, não raro, surpreendentes paralelos face às ideias expressas nas filosofias religiosas do Extremo Oriente. Embora esses paralelos até o presente momento não tenham sido extensivamente discutidos, nem por isso escaparam à observação de alguns dos grandes físicos do século XX no momento em que entram em contato com a cultura oriental quando de suas conferências proferidas na Índia, na China e no Japão. Três citações seguintes servem como exemplo:
As noções gerais acerca da compreensão humana [...], ilustradas pelas descobertas na Física atômica, estão longe de constituir algo inteiramente desconhecido, inédito, novo. Essas noções possuem uma história em nossa própria cultura, desfrutando de uma posição mais destacada e central no pensamento budista ou hindu. Aquilo com que nos depararemos não passa de uma exemplificação, de um encorajamento e de um refinamento da velha sabedoria.
Julius Robert Oppenheimer o pai da Bomba atômica, o homem que liderou os cientistas do projeto Manhattan e que depois se opôs à corrida armamentista.
Se buscamos um paralelo para a lição da teoria atômica [ . . .][ devemos nos voltar ] para aqueles tipos de problemas epistemológicos com os quais já se defrontaram, no passado, pensadores como Buda e Lao Tsé em sua tentativa de harmonizar nossa posição com os expectadores e atores no grande drama da existência.
Niels Böhr, físico dinamarquês que ficou mais conhecido por seus trabalhos sobre a estrutura atômica, recebendo inclusive o Prêmio Nobel de Física em 1922.
A grande contribuição científica em termos de Física teórica que nos chegou do Japão desde a última guerra pode ser um indício de uma certa relação entre as ideias filosóficas presentes na tradição do Extremo Oriente e a substância filosófica da teoria quântica.
Werner Heisenberg, físico teórico alemão que recebeu o Nobel de Física de 1932, "pela criação da mecânica quântica, cujas aplicações levaram à descoberta, entre outras, das formas alotrópicas do hidrogênio".
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