terça-feira, 22 de julho de 2014

Nós, os forasteiros.

Você já teve a sensação de que não pertence a esse mundo ?
É quando a gente olha para o que a media acha bom e não consegue enxergar a razão. Sabe quando é difícil achar graça do que faz a maioria rir, bonito o que quase todos se impressionam e importante o que a maioria valoriza ?
Você vê as pessoas hipnotizadas diante da TV, desesperadas atrás de dinheiro, trombando umas nas outras, em atrito, desgaste, stress, e nem sabem a razão.
Pais tratam filhos como fardos, filhos olham para os pais como empecilhos, políticos olham pessoas como lixo que vota, pessoas olham políticos como salvadores da humanidade, religiosos vêm seus fiéis como massa de manobra, fiéis veem religiosos como representantes de Deus na Terra, enquanto a mensagem que ecoa de todos os lados é : “Tenha” ,”Aparente”,”Compre, compre , compre”.
Veja os livros mais vendidos. São sempre os “não sei quantos passos para não sei o que lá”. “As não sei quantas receitas para ser feliz”, “Você pode ser “o cara” se fizer isso ou aquilo” . E assim, perdidas, as pessoas compram e compram e compram.
No meio disso tudo, gente sensível que não perdeu o olhar e, diante dessa loucura, sente como se não pertencesse a esse mundo.
Pois é. A verdade é que não pertence mesmo.
Existe uma diferença entre Terra e Mundo. A Terra é onde vivemos. O planeta azul que gira em torno do Sol. O Mundo é o que criamos a partir do nosso olhar.
Seu mundo só existe em você e se projeta em tudo aquilo que você vê. Só é possível discernir o mundo a partir de você mesmo.
E o que isso quer dizer?
Se você se sente fora de casa, se esse mundo não se parece em nada com aquilo que existe aí dentro e a sensação é de constante desconforto, saiba:
Ainda que não possamos eliminar esse sentimento por completo, temos uma escolha. Essa escolha permite que, ainda que as coisas sejam como são, você as interprete a partir de um novo olhar.
Esse olhar sabe como o mundo é, mas reconhece a necessidade de temperá-lo com o que você faz de melhor. Seja uma palavra, uma ajuda, um sorriso, o primeiro passo para uma reconciliação, um pequeno movimento que ajude as pessoas a despertarem.
Você muda o mundo quando seu mundo muda em você.
É aí que as coisas acontecem de verdade. Ainda que tudo lá fora seja uma loucura, é o bom olhar que projeta no caos o equilíbrio e permite que nós, os “forasteiros”, façamos alguma diferença aqui.
O desafio é o equilíbrio entre o sentimento de não pertencer a esse mundo com a necessidade de conviver com ele, suas contradições e necessidades.
Mas isso fica para o próximo post.
Agora tenho que sair e escrever mais uma página do meu dia.
Até…

Flavio Siqueira

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O que sinto...



Já fui capaz de abrir mão de um grande amor
Por uma mudança, uma transformação...
Por um milagre... 
Amar é isso...
Renunciar se preciso for.
Conscientes de toda dor e preparados para conviver com ela.
Acordar de madrugada e não mais voltar a dormir vira rotina.
Tentar ocupar o vazio, nem sempre funciona, e não é justo.
Acreditar que o tempo cura tudo, também é um grande erro.
Acalmar o coração, escutar a voz interior,  muitas vezes resolve.
O corpo se acostuma com a falta e mesmo que a convivência tenha sido tão pouca, as vezes dói, parece que ele tem vida própria e não obedece o cérebro, ser racional se torna impossível...
Lições de vida são aprendidas neste espaço de tempo... bom quando temos essa visão, esse entendimento...
... para amar assim temos que ser forte.... e de fato, renunciar é morrer para viver...

Rosa Soares

Abrir mão

Abrir mão é um grande aprendizado. Abra mão. Deixe a areia escoar entre os dedos, não tente segurá-la. Permita que o vento leve as plantas sem raiz, como o fluxo do rio carrega detritos, a natureza absorve os corpos e os transforma em outra coisa.
Como o tempo que leva a juventude em troca de sabedoria, as experiências sobrepondo-se, alterando cenários, recolocando-nos em novas perspectivas. É preciso saber abrir mão.
Fazer como o corpo que se refaz enquanto células renovam, a primavera que chama o verão, o verão cede vez ao outono, o outono, amigo do inverno, nada fica, o tempo que vem, o tempo que vai. Nenhum segundo se mantém, fragmento de tempo chamado agora, jamais se fixa; um segundo, depois outro, e outro de novo.
Abrir mão da imagem, do vigor, da reputação, da saúde que o tempo um dia leva. Abrir mão dos que vão, dos dias que não ficam, das memórias que se apagam.
Como o dia que apaga e vem a noite. A noite termina, abre mão do silêncio e vem o sol anunciando que ela se foi, de novo, novo fluxo, novo dia. E o dia escoa entre os dedos, entre os galhos, entre as sombras que a noite engolirá.
Abrir mão é assumir-se impermanente. Rendição à corrente das águas, ao mistério da vida, ao fluxo da graça que destrói e refaz, nos cerca e dá a perspectiva do tempo e de tudo o que ele nos leva, nos traz, nos faz aprender que, para que a vida se renove, é preciso esvaziar-se, morrer para viver. Abrir mão é um grande aprendizado.

Flavio Siqueira

domingo, 20 de julho de 2014

Apologize




Apologize
I'm holding on your rope
Got me ten feet off the ground
And I'm hearing what you say
but I just can't make a sound
You tell me that you need me
Then you go and cut me down, but wait
You tell me that you're sorry
Didn't think I'd turn around, and say

That it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

I'd take another chance, take a fall
Take a shot for you
And I need you like a heart needs a beat
But it's nothing new - yeah
I loved you with a fire red
Now it's turning blue, and you say
I'm sorry like an angel
Heaven let me think was you
But I'm afraid

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, yeah
I said it's too late to apologize, yeah
I'm holding on your rope
got me ten feet off... the ground
 

sábado, 19 de julho de 2014

I Should Have Known Better Jim Diamond


Reencontra-me


Ouço das estrelas,
ou da clara luz do sol,
e as forças da natureza
também trazem essa voz.
Querem meus sentidos todos
nos caminhos que eu vivi.
Querem meus caminhos todos
recontando histórias
que eu não aprendi.
Se deixo as mãos atadas
às crianças que me levam,
pelo meu melhor,
ao ouvir-nos as asas
posso abrir ao tempo
quem eu movimento,
quem eu sentimento,
quem eu sou...
deixar-me ser levado,
deixar-me vir a ser
o que Esse Amor propôs.
Faz-me, assim, de conta,
soma ou multiplicação.
Faz-me assim, e conta-me
outra história, reencontra-me
nessa outra direção.
 
Célia de Lima

sexta-feira, 18 de julho de 2014

A liberdade que eu preciso


Eu tenho algo a dizer pro mundo inteiro.
Eu, pequeno verso, prisioneiro
em poema imperfeito,
limitado...
Eu sou livre nesse meu compasso!
Sou tão livre quanto em Ti me basto.
A liberdade que eu preciso
está em Ti.
Toda a poesia e a beleza
estão em Ti.
Toda a certeza e a riqueza.
Tudo o que aprendo,
onde eu me rendo,
onde eu me completo,
tem Tua verdade,
Tua vontade, Teu cetro.
Quando se vai além das aparências,
quando se abre de verdade o coração,
não há o que não se desvende
pela intuição...
o que não se revele pelo Teu amor...
Saber que esse caminho passageiro
leva a outro tão maior,
faz que se abrace a vida por inteiro,
até o sopro derradeiro,
sob o sol.
Sol da minha vida...
Eu nunca mais quis ir sozinho
desde que eu Te vi em mim,
e a cada dia me renovo em Teu poder.
Liberdade em que eu desperto
pra viver mais perto
de Te merecer.
Eu sou Teu
de livre acesso!
Que ventura a desse livro aberto,
ao Te dizer.

Célia de Lima