Esses não precisam se impor para conquistar nada porque sabem que pela imposição não se
conquista, mas apequenam-se.
Felizes os que aprenderam a se desculpar.
Quando fruto de um coração sincero, a desculpa “des-culpa” qualquer
uma das partes, estabelecendo – com a retirada da culpa – a paz.
Felizes os que procuram se alimentar do que faz bem a alma.
Se a boca fala sobre o que o coração está cheio, somos fruto daquilo
que nos alimenta, atrai, instiga e motiva. No fim das contas, nossos
passos sempre irão na direção daquilo que um dia nos conquistou.
Felizes os que buscam a sabedoria.
Acima da intelectualidade, a sabedoria aguça a capacidade de discernir palavras, ler olhares, interpretar o espirito das coisas.
Felizes os que não tem medo de errar.
É melhor errar tentando acertar do que ficar paralisado por medo.
Felizes os que buscam aumentar sua percepção, desentupindo-se para a voz de Deus na vida, no outro, no mundo, dentro.
Quando de fato é assim, naturalmente invertermos o fluxo das
percepções até enxergarmos o milagre continuo, constante, presente nas
sutilezas do dia a dia.
Felizes os que sabem que os excessos fazem mal.
O equilíbrio é sempre melhor que o de menos e o de mais.
Felizes os que sabem que o amor é um processo de graça.
E se graça é, não há nada que pode aumentá-lo ou diminui-lo, restando vincular-me ao que é em simplicidade.
Felizes os que vivem em cada dia seu próprio “mal”.
Esses olham para as tempestades sabendo que nada carrega em si mesmo
nenhum poder moral, punitivo ou meritório, a não ser a possibilidade de
despertar o significado de cada coisa. E assim, cresce em consciência.
Felizes os que entenderam que o valor das coisas não está no tamanho ou no que posso quantificar, mas na essência.
O que chamamos de poder normalmente são projeções. O poder verdadeiro
está no relativo, naquele que se enxerga e assume as próprias
contradições
Felizes os que buscam conhecimento, sobretudo conhecer-se.
E quanto mais conhecemos, mais abismados com nossa ignorância.
A vida é construída por pequenas atitudes e nossa caminhada é reflexo
das escolhas diárias. Quando os olhos são bons, tudo a nossa volta
iluminará conforme o tesouro talhado na consciência . Despertemos hoje,
pois o agora é o tempo e a dimensão de tudo o que realmente é.
Flavio Siqueira
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