Eu ainda tinha uma grande preocupação, a minha velha amiga voltar, tinha espaço de sobra agora pra ela, e assim aconteceu. Com receio do que a dor poderia me levar a fazer, chamei uma pessoa e pedir que tirasse todas as caixas de remédios da minha casa, principalmente os sedativos, eu sabia que eu não tinha como ficar guardando aquilo.
Passei a dormir apenas uma hora por noite, acordando de madrugada e caminhando pela casa, o espaço é tão pequeno, caminhava em círculos.
Fiz tudo o que eu podia para afastar a dor, até o mês de agosto trabalhei durante todos os dias da semana, seis horas da manhã já estava no escritório, isso durou um ano e onze meses. Precisava manter a minha cabeça ocupada e me enterrei no meu trabalho.
A única coisa que eu queria, era ir embora também, eu não tinha mais nada pra fazer aqui. Meu Pai, como dói... Como de uma hora pra outra aquele peito que eu encostava a minha cabeça desaparece? nós éramos um...
Lembro quando ele falava com os amigos sobre mim, com tanto orgulho. De como eu respeitava sua individualidade, como o incentivava a comprar as porcarias como costumava falar, coisas que ele gostava de fazer, louco por informática, animais, aviões e fotografia, eu não negava esforço para realizar suas vontades... Era o meu menino.
Lembro quando ele falava com os amigos sobre mim, com tanto orgulho. De como eu respeitava sua individualidade, como o incentivava a comprar as porcarias como costumava falar, coisas que ele gostava de fazer, louco por informática, animais, aviões e fotografia, eu não negava esforço para realizar suas vontades... Era o meu menino.
Com vergonha, vou contar uma história, como ele se divertia com o meu jeito... Achava que eu era única, pois nunca havia encontrado uma mulher como eu... (risos). Estávamos no shopping (odeio, e ele também) de repente a minha sandália quebrou, o solado descolou e eu não estava conseguindo andar, daí ele virou pra mim e disse: Benhê, vamos aproveitar que estamos aqui, entrar em uma sapataria e comprar uma sandália nova, você está precisando, como resposta, apontei o dedo para trás dele, estávamos na frente do Bom Preço (supermercado) e disse, vamos entrar aqui, ele sorriu perguntando por que, respondi, a gente compra um Super Bond e cola ela... Nossa! Como esse homem riu da minha cara... Ele contava isso pra todo mundo.
Aqui começa a minha jornada sem ele, ah! Não posso esquecer a minha velha amiga, depressão. Estávamos unidas mais uma vez.
Como disse, trabalhando durante todos os dias com jornadas de quase 12 horas, achava que podia diminuir a angústia, mas a vontade de não estar em lugar nenhum só aumentava, já não conseguia rezar, pra que? Foi o que mais fiz durante os últimos cinco meses e nada adiantou...
Seis, sete meses depois lendo os meus emails, vi um que me chamou atenção, alguém do mesmo site de relacionamentos onde conheci meu marido, havia mandando alguma mensagem, fui até a minha conta dar uma olhada, não precisei da senha, já que a página foi aberta através de um link endereçado a mim, pois se fosse o caso... eu não mais a teria.
Fui ver a mensagem, e lá estava escrito que uma pessoa havia gostado do meu perfil. Curiosa entrei para ver quem era essa pessoa, e ela estava online, ouvi um barulhinho e uma mensagem chegou: Perfeita... Adorei! Respondi agradecendo.
A conversa foi iniciada deste ponto. A pessoa se apresentou:
Tenho 49 anos, sou carioca da gema, nascido na Tijuca, divorciado há 9 anos, um filho de 18 anos, que mora com a mãe, sou morador de Ipanema, Jornalista Profissional e editor de uma emissora de TV, surfista nas horas vagas, um homem que busca e acredita no amor e todo mês passo pelo menos uma semana na sua maravilhosa terra, a mãe dele era baiana. E continuou sua apresentação: Em 2010 fui diagnosticado com um Linfoma Mieloide tipo F(Câncer), passei por tratamento quimioterápico e radioterapia e quase perdi minha vida, tive alta em junho de 2013, estou sozinho desde de 2010 e hoje quero somente alguém para amar, e aproveitar a nova chance de vida que estou tendo.
A conversa foi iniciada deste ponto. A pessoa se apresentou:
Tenho 49 anos, sou carioca da gema, nascido na Tijuca, divorciado há 9 anos, um filho de 18 anos, que mora com a mãe, sou morador de Ipanema, Jornalista Profissional e editor de uma emissora de TV, surfista nas horas vagas, um homem que busca e acredita no amor e todo mês passo pelo menos uma semana na sua maravilhosa terra, a mãe dele era baiana. E continuou sua apresentação: Em 2010 fui diagnosticado com um Linfoma Mieloide tipo F(Câncer), passei por tratamento quimioterápico e radioterapia e quase perdi minha vida, tive alta em junho de 2013, estou sozinho desde de 2010 e hoje quero somente alguém para amar, e aproveitar a nova chance de vida que estou tendo.
Fiquei chocada, eu havia passado por tudo isso e fui tomada por uma compaixão, conversamos durante algum tempo, de vez em quando o assunto queria ficar picante, mas eu evitava e por esse motivo acabei encerrado a nossa conversa.
Na segunda mensagem enviada, perguntou se eu tinha Facebook e trocamos nossos endereços, logo ele já tinha acesso a toda a minha vida, família, amigos, fotos, enfim, nossa vida está biografada no face. A dele um pouco travada, aquilo me chamou a atenção, mas achei que era implicância que eu estava esperando sempre o pior mediante tudo o que vivi. Havíamos trocado também nossos números de contato, e todos os dias eu recebia pelo menos uma ligação. O tempo foi passando e de uma certa forma, ele me fazia bem, eu já não estava tão só. Conversei com a minha mãe a respeito, e ela disse com toda a pureza, ajude ele minha filha... não dê as costas não... acho que foi a única, pois o resto do mundo me perguntava, você é louca, acabou de passar por tudo isso e vai trazer problema pra você?
Costumava mandar mensagens lindas, assinando como o autor.
Tinha um blog criado desde abril de 2009, onde postava suas críticas, ideias, textos de auto ajuda e lindos poemas, sabia falar de amor e de Deus como ninguém.
Também tinha uma conta no Youtube, com vídeos de reportagens feitas por ele, tudo muito bem feito, impossível um ser humano não acreditar na sua conversa.
Na segunda mensagem enviada, perguntou se eu tinha Facebook e trocamos nossos endereços, logo ele já tinha acesso a toda a minha vida, família, amigos, fotos, enfim, nossa vida está biografada no face. A dele um pouco travada, aquilo me chamou a atenção, mas achei que era implicância que eu estava esperando sempre o pior mediante tudo o que vivi. Havíamos trocado também nossos números de contato, e todos os dias eu recebia pelo menos uma ligação. O tempo foi passando e de uma certa forma, ele me fazia bem, eu já não estava tão só. Conversei com a minha mãe a respeito, e ela disse com toda a pureza, ajude ele minha filha... não dê as costas não... acho que foi a única, pois o resto do mundo me perguntava, você é louca, acabou de passar por tudo isso e vai trazer problema pra você?
Costumava mandar mensagens lindas, assinando como o autor.
Tinha um blog criado desde abril de 2009, onde postava suas críticas, ideias, textos de auto ajuda e lindos poemas, sabia falar de amor e de Deus como ninguém.
Também tinha uma conta no Youtube, com vídeos de reportagens feitas por ele, tudo muito bem feito, impossível um ser humano não acreditar na sua conversa.
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