“São muitos os dilemas da paixão amorosa. Muita gente se convence de
que amar é sofrer”, diz a psicóloga escritora Maria Helena Matarazzo.
“Uma das maiores contradições a respeito do amor é que, se ele não
tem continuidade, não se realiza. Em contrapartida, se continua, pode
acabar se enfraquecendo. O amor moderno é flutuante, episódico, sem
compromisso com o amanhã”, diz ela
Essa pode ser a razão pela qual é tão comum que as pessoas desenvolvam o medo de se envolver com alguém.
Diante da falta de comprometimento na relação, a pessoa tem medo de se apaixonar de verdade e sofrer.
Algumas pessoas, mais idealistas, têm a expectativa de que o amor
deveria ser como imaginam. Outras, mais realistas, creem que o amor é
incerto e pode causar dor.
"O amor deve se encaixar à vida. Todos querem amar, mas têm medo
porque acham que não vão receber o mesmo amor de volta. O resultado são
renúncias, desapaixonamentos e abandonos que criam uma enorme descrença
em relação ao amor, diz Maria Helena.
Temores que podem acabar com as chances do romance acontecer.
Medo da Frustração.
O receio de que o relacionamento dê errado e a outra pessoa acabe com
tudo é bastante comum. Relacionamentos que terminam fazem parte da vida
e acontecem até que a pessoa encontre um parceiro(a) com quem construir
uma vida a dois.
O que fazer?
Deixar fluir é a melhor escolha diante da incerteza que o início de
todo relacionamento que se inicia. Quanto menor a expectativa, melhor.
Quando se está pronto e o desejo de ter um relacionamento amoroso
autêntico existe, o encontro com aquele alguém acontece, mais cedo ou
mais tarde.
Enquanto não se encontra a pessoa certa, cada experiência traz
aprendizado que pode ajudar o amadurecimento emocional do indivíduo.
Quanto mais preparado se está, maiores as chances de ser feliz no
relacionamento.
Medo do compromisso
O fato de começar a namorar alguém não significa que está se
comprometendo com a pessoa. Antes que isso aconteça, os dois precisam
de espaço emocional para perceberem o que realmente sentem pelo outro.
Querer apresentar a família ou fazer planos para o futuro deve ser uma consequência do desejo dos dois, e nunca uma imposição.
Muita gente perde bons momentos na vida por medo de entrar numa
situação da qual não consiga sair depois. Se este é seu receio, isso é
sinal de que você precisa fortalecer a sua capacidade de dizer o que
sente e o fazer as escolhas que deseja.
O que fazer?
Ouse e o poder lhe será dado. Ou, como diz o ditado popular, quem não arrisca, não petisca.
É natural viver alguns relacionamentos até encontrar a pessoa certa.
Melhor: relações que não prosseguem trazem aprendizado precioso se a
pessoa estiver disposta a aprender com experiências vividas.
Em vez de se preocupar com o compromisso, o mais saudável é se ocupar
em viver um dia de cada vez, deixando a relação respirar, pois a falta
de oxigênio acaba com o amor.
Quando o amor acontece de fato, o compromisso se torna uma escolha e
nunca uma imposição. Mas quem não correr riscos não se decepciona, mas
dificilmente conhecerá a plenitude amorosa.
Medo de sofrer
O medo de ser rejeitado, de amar demais e depois viver o abandono,
sofrer por ciúmes, perder o que pensou ter construído pode provocar um
sofrimento imenso.
Ninguém tem controle sobre os acontecimentos, e quase todo mundo passar por isso em algum momento da vida. Faz parte do jogo.
Mas se não temos como prever o que acontecerá, todo mundo pode escolher sua atitude diante dos fatos.
O medo de sofrer, em geral, não tem fundamento e ao fazer isso, você está projetando no futuro algo que aconteceu no passado.
Lembre-se: O futuro não é igual ao passado. Transforme o medo de
sofrer em poder pessoal e consciência de que você pode e deve pilotar as
suas reações diante das experiências que se apresentam.
O que fazer?
Focar no positivo investindo na educação emocional. Para isso é fundamental prestar atenção nas atitudes e pensamentos.
É importante que a pessoa não siga por caminhos autodestrutivos, nem reforce pensamentos negativos.
Aonde você coloca a sua atenção, você coloca a sua energia. Escolha pensar e mentalizar o que deseja.
Sentir-se incapaz –
a baixa autoestima ou a visão negativa de si mesmo(a) pode fazer com
que uma pessoa duvide de sua capacidade de fazer alguém feliz, de levar
uma vida boa e tranquila.
Quem não se sente merecedor(a) de amor, acaba sabotando os
relacionamentos sem perceber. Tenha em mente que se alguém o(a)
escolheu, é porque gosta do que vê em você e tem boas expectativas
quando imagina a vida ao seu lado.
O que fazer?
Autoestima precisa ser cultivada. Ninguém precisa expor ao outro a
sensação de que não se sente seguro ou digno de ser amado. Nada de
demonstrar a sensação de inferioridade, pois isso depõe contra a pessoa.
Por isso, investir na autoestima é o melhor caminho para quem está em busca de um relacionamento amoroso pleno.
Quem sente que que precisa de apoio, precisa ter a iniciativa de procurar ajuda.
Seja em uma psicoterapia, recorrendo a se amigos mais experientes em quem se confia.
É importante levar em conta de que quando se relaxa, a vida tende a
seguir seu caminho da melhor forma, abrindo espaço para a alegria.
O medo impede o amor.
Se você tem medo de entrar numa relação e depois tudo dar errado,
atenção. É provável que esteja projetando sofrimentos passados no
futuro.
O fato de ter sofrido antes por amor não significa que continuará se decepcionando.
Mas atenção para aprender as lições contidas nas experiências que não
deram certo. Elas trazem a chave para romper com padrões antigos e
atrair um amor bem sucedido.
Nada de tentar prever o futuro – em vez disso, viva da melhor maneira
que conseguir a cada dia. Quem está presente no aqui e no agora,
constrói a cada momento, um futuro pleno.
Tenha em mente que sua felicidade ou tristeza dependem de você
mesmo(a). Lembre-se: quando um trem não para na nossa estação é porque
não era o nosso trem.
Karen Luchesi
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