quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Um ano.... Saudades....


Perder alguém que amamos é como se a nossa alma estivesse sendo rasgada a cada segundo, é uma dor que não se expressa com palavras... o nosso querer é ir junto... a vida perde completamente o sentido...
Complicado dormir e acordar durante dez anos ao lado de uma pessoa e no outro dia ela desaparecer ... somos obrigados a caminhar sozinhos e tudo que acontece de ruim pensamos: Se ele estivesse aqui, eu não estaria passando por isso... tentamos nos segurar em qualquer coisa para não interrompermos nossa caminhada...foi exatamente isso que senti, e depois de tantas outras decepções, com a fé um tanto quanto abalada, olhei para mim mesma e descobri que o meu corpo é a casa de Deus, e tudo o que eu precisava para voltar a sorrir, estava dentro de mim mesma...
Um ano depois... é, hoje faz um ano... sou grata ao meu Pai, Eduardo foi um grande presente em minha vida!!!!!

"A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho.
Eu sou eu, vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Me deem o nome que vocês sempre me deram, falem comigo como vocês sempre fizeram.
Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas, eu estou vivendo no mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste, continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho...
Você que aí ficou, siga em frente, a vida continua, linda e bela como sempre foi."
Santo Agostinho

Rosa Soares

Internet e Amizade


Tive o prazer de ler hoje este excelente texto do Ricardo C. Que fala sobre amizade e Internet, e como esse novo ambiente influencia o surgimento de novos relacionamentos e que, apesar de inovar na forma, mantém inalterado o seu conteúdo. Recomendo que leia antes de ler minhas palavras a seguir que, na verdade, são observações sobre o texto dele.


Interessantíssimo o tema Internet e Amizade, por tratar do desenvolvimento de uma instituição social antiga - tão antiga quanto a própria humanidade - dentro de um meio totalmente novo. Novo em tempo de vida e novo no conceito.

Sendo a amizade uma “família que se escolhe” é indispensável para seu surgimento conhecer a pessoa que se tem por amigo. Os laços que unem duas pessoas numa amizade somente podem ser feitos conhecendo-se as virtudes e os defeitos mútuos. Não se constrói uma amizade sobre um conhecimento incompleto (dentro dos limites razoáveis, obviamente) do outro.
Dito isso, como fica a criação desses laços no ambiente hermético da internet? Será possível conhecer uma pessoa sem ter contato real com ela? Muito bem colocado quando ele diz que existem duas situações distintas, a da amizade virtual que não tem como se tornar real por impossibilidade física e a pseudo-amizade virtual que não se torna real por falta de interesse (mútuo ou de uma das partes).
A Internet inova (e é uma enorme inovação, diga-se de passagem) quando torna realidade a “cauda longa”, que é a capacidade de elevar ao infinito as possibilidades de interação. Enquanto no mundo físico somos limitados pelo tempo e espaço - nossa possibilidade de conhecer pessoas se limita aos lugares que frequentamos, que é uma parcela infinitesimal de todos os lugares que existem no mundo - na rede mundial podemos contatar centenas, milhares de pessoas que jamais estariam fisicamente ao nosso alcance.
Isso traz os relacionamentos sociais para uma nova realidade, que possui quatro grandes diferenciais em relação à realidade tradicional. Primeiramente, como foi dito, a possibilidade de contatar muito mais gente. Fóruns, salas de bate-papo, Orkut, Facebook, MSN, Twitter, Blogs, et cætera. São os mais diversos ambientes virtuais por onde circulam milhões de pessoas, todas disponíveis. Em consequência disso surge a segunda característica, que é o pouco tempo que dispomos para dedicar a cada uma dessas pessoas, em virtude da vontade que temos de aproveitar ao máximo essas possibilidades.
Em terceiro lugar, a extrema facilidade que o ambiente proporciona para que as pessoas se mostrem de forma diferente do que realmente são; É extremamente fácil mentir e fingir sobre quem somos, em todos os aspectos. Podemos conversar pela internet com alguém por anos sem saber de fato se é ao menos homem ou mulher. E, por fim, existe uma facilidade extrema para simplesmente desaparecer sem cerimônia; ao contrario de um contato real, na internet podemos excluir e bloquear qualquer pessoa a qualquer momento, sem passar por nenhum confronto ou desconforto.
Junte esses quatro elementos e o que temos? Um ambiente desorganizado, apinhado de gente, com pessoas que quase nunca são o que dizem ser e que, em um segundo, podem desaparecer para sempre. Porém, com imensas possibilidades de interação e, consequentemente, de relacionamentos. Basta aprendermos a separar o joio do trigo, o que é bem diferente de fazer na Internet de como fazemos no mundo real.
Para essa nova realidade necessitamos de uma nova joeira, novos valores éticos e morais, pois os valores tradicionais pouco se aplicam e pouco podem ser úteis nesse novo ambiente. Precisamos aprender a lidar com as novas realidades e as novas possibilidades da internet, no campo dos relacionamentos. E isso leva tempo. Toda essa realidade ainda é muito recente e ainda está tomada por uma euforia muito grande. Ainda falta na Internet a maturidade e a serenidade que somente o tempo pode conceder. Creio que assim que a poeira baixar e os ânimos se acalmarem poderemos aproveitar muito melhor as novas possibilidades criadas pela internet.

O “bem” e o “mal” dos sistemas

Não há ideologias perfeitas. Podem ser lindas no papel, mas, na prática haverá contradição entre o real e o ideal. A história está recheada de exemplos assim, lindos começos, tristes finais.
Nenhum sistema, seja político, social, educacional, religioso é a prova de falhas. Muito pelo contrário, quanto mais de perto enxergamos, mais difícil acreditarmos naquilo. A gente ouve os discursos, conhece as propostas e até compartilha dos mesmos ideais, mas, aproxime-se e enxergará que nem tudo é como aparenta ser.
Não é preciso ir longe. Veja no relacionamento humano. Famílias, casais, amigos, olhe mais perto, conviva por algum tempo e perceberá que nem sempre a aparência de estabilidade corresponde ao que acontece no íntimo. Verá gente tentando encontrar o que sobrou do que um dia foi lindo, mas parece que hoje simplesmente dissolveu.
O fato é que nenhuma ideologia, nenhum sistema, nenhum relacionamento sobreviverá com saúde sem a consciência de que não há ideologias, nem sistemas, nem relacionamentos: há humanos. Todos nos refletem, o tempo todo reproduzindo aquilo que somos.
Damos nome, chamamos de “ismos”, construímos prédios, criamos teorias, formamos identidades, fazemos planos pensando que estamos tratando com algo maior, mas é sempre gente. Sempre.
Gente é a causa do colapso dos sistemas. Gente é a esperança que os sistemas sejam menos mecânicos e mais humanos. Sempre gente.
Jamais resolveremos nossos problemas enquanto não olharmos pelo lado correto e, ao invés de pensarmos que trocando um por outro, uma velha teoria por outra nova tudo resolverá. Não é e nunca foi assim.
Que as instituições sejam apenas ferramentas. A política um meio, as ideologias nada a mais do que um jeito de organizar pensamentos, que os grupos humanos não sejam divididos entre “melhores” e “piores”, mas que, em tudo, predomine a consciência de que sempre estamos tratando de gente.
Seja na condução de um governo ou no relacionamento a dois, recuperemos esse olhar, conscientes que, enquanto não pararmos para nos enxergar individualmente, a coletividade projetará as sombras que me habitam e carregará a “culpa” da desarmonia que sou.
Não são os sistemas, não é o governo, nem a política, nem a religião, nem a sociedade, nem sua família, é você. Cure-se primeiro e depois tudo refletirá.

Flavio Siqueira

De bem com a vida


Começar o dia de bem consigo mesmo é um dos segredos para viver a felicidade. Numa sociedade pessimista e desesperançada, o brasileiro abate-se, não vislumbrando salda para os seus problemas. Culpa o governo, a vida, a falta de dinheiro e de trabalho pela infelicidade e mal-estar geral em que vive. É evidente que a sociedade não caminha às mil maravilhas. Os fatos estão aí, colocando à mostra as mazelas existentes – crise, miséria, corrupção, violência.
Não obstante a realidade dura em que todos nos debatemos, há pessoas que conseguem ter paz interior. Elas gostam de si mesmas, lutam pelas coisas que desejam, acreditam, têm esperança. Não são seres vindos de outro planeta. São pessoas como nós, mas que perceberam o alcance do otímismo em suas vidas.
Os otimistas sabem ver o lado positivo da vida. Acreditam no amor, na família, em Deus e, porque têm uma espiritualidade mais acurada, contornam melhor os problemas e sabem se equilibrar diante dos revezes. Não é que a vida seja um mar de rosas para eles. Mas, através da força interior que os sustenta, são capazes de superar os problemas sem grandes traumas.
Há também pessoas que não acreditam em nada, vêem tudo a partir de uma ótica cinza-escuro e fazem de um copo de água uma tempestade. São pessimistas por natureza. Não percebem o lado bom da vida, o amor que desabrocha nas pequenas coisas. Desconhecem que a maior oportunidade para realizar algo é a própria vida que oferece. Por que não aproveitá-la para entender e amar o próximo, saborear o que a vida apresenta de bom e sonhar com coisas possíveis de serem realizadas?
Amar a vida e a si mesmo, administrando as próprias verdades, é a melhor postura que o ser humano pode assumir. Mesmo se carrega um fundo de descontentamento, sempre é possível tomar consciência do problema e enfrentá-lo. Nesse caso, a pessoa pode mudar seu comportamento e aperfeiçoar-se até encarar o descontentamento como um problema superado – fazendo com que os acontecimentos da vida não tenham a força de um furacão destrutivo. A estabilidade emocional, parte integrante desse processo de amadurecimento, funciona como o fiel da balança, e dá uma visão equilibrada para a pessoa.
Quem vive num círculo fechado em torno do próprio eu não pode ser feliz. O espaço que deveria ser ocupado pêlos outros está fechado pelo egoísmo. Resultado: insatisfação consigo e com os outros.
Os pessimistas sufocam o ambiente em que vivem. Nunca estão bem e, por isso, são invejosos. Captam apenas o negativo existente ao seu redor, funcionando como multiplicadores da desgraça. Ao contrário, o otimista transmite seu modo de viver aos outros, contribuindo para que o ambiente em que se encontra seja o mais energizado possível. A tônica do seu alto astral baseia-se no amor, na autoconfiança, nos pensamentos positivos e na apreciação das coisas boas. Vive sintonizado no bem. É aberto e receptivo, por isso se posiciona de forma correta e vai em frente.
Descobre-se e se renova a cada dia, de acordo com a idade, a circunstância e o momento que está vivendo. Jamais pára e está sempre avançando no aperfeiçoamento pessoal. Em qualquer época da vida, se quiser, o homem tem algo a aprender com seu semelhante.
Hoje, num mundo contaminado pela febre do imediatismo, as pessoas estão cada vez mais impacientes, impulsivas, rotulando tudo com a marca da dificuldade: dentro e fora de casa, dentro e fora de si. O mundo está chateado, resmungão, agressivo, infeliz, porque as pessoas estão vivendo num baixo astral, contaminando-se umas às outras com o pessimismo. Mas é muito mais fácil culpar os outros pêlos males existentes do que assumir o próprio papel e contribuir para a melhoria da sociedade.
Se cada um colaborar um pouco, melhorando a si mesmo, a energia positiva passará a circular melhor no próprio ambiente, expandindo-se depois para um círculo maior, e contagiando o todo. Só dessa forma é possível construir uma sociedade onde o otimismo ajudará a vencer problemas tão profundos.
Viver positivamente exige que a pessoa cresça, amadureça, se desenvolva e aprenda a dar uma dimensão lógica e certa aos valores pêlos quais vale a pena lutar. Na inversão de valores em que hoje se vive, o ser humano está perdido num emaranhado sem saída por duas razões: não tem Deus e não tem amor. Quando Deus se torna uma presença viva dentro da pessoa, o amor a si mesmo e ao próximo brotam espontaneamente, motivando, através do otimismo, a busca da felicidade.

Luiz Carlos Gomes