sábado, 31 de janeiro de 2015

"Eu não sou Profeta" - Amós


A visão dos gafanhotos
1 O Senhor Deus me mostrou numa visão o seguinte: eu vi Deus criar uma praga de gafanhotos. Isso aconteceu quando já começava a crescer o capim que brota depois da colheita que pertence ao rei. 2 Quando os gafanhotos acabaram de comer todas as plantas, eu disse a Deus, o Senhor:— Eu te peço, ó Deus, que nos perdoes. O teu povo é fraco; como poderemos resistir? 3 Então ele mudou de ideia e respondeu:— O que você viu não acontecerá.
A visão do fogo
4 O Senhor Deus me mostrou numa visão outra coisa: eu vi que ele estava pronto para castigar o seu povo com fogo. O fogo secou o grande mar que fica debaixo da terra e estava acabando com as plantações. 5 Aí eu disse a Deus, o Senhor:— Ó Deus, para! O teu povo é fraco; como poderemos resistir? 6 Então ele mudou de ideia e respondeu:— Isso também não acontecerá.
A visão do prumo
7 O Senhor me mostrou numa visão isto também: ele estava perto de um muro construído direito, a prumo, e tinha um prumo na mão. 8 Ele me perguntou:— Amós, o que é que você está vendo?— Um prumo! — respondi.Então ele me disse:— Eu vou mostrar que o meu povo não anda direito: é como um muro torto, construído fora de prumo. E nunca mais vou perdoar o meu povo. 9 Todos os templos e os outros lugares de adoração da terra de Israel serão destruídos, e eu vou acabar com o rei Jeroboão e com os seus descendentes.
Amós e Amazias
10 Amazias, o sacerdote de Betel, mandou o seguinte recado a Jeroboão, o rei de Israel:— Amós está planejando uma revolta contra o senhor no meio do povo. O que ele está dizendo põe o país em perigo. 11 Ele anda falando assim: “Jeroboão morrerá numa guerra, e o povo de Israel será levado como prisioneiro para fora do seu país.” 12 Depois Amazias disse a Amós:— Fora daqui, seu profeta! Volte para a sua terra de Judá e ganhe a vida por lá com as suas profecias. 13 Pare de profetizar aqui em Betel, pois este é o santuário onde o rei adora, este é o templo principal do país. 14 Amós respondeu:— Não sou profeta por profissão; não ganho a vida profetizando. Sou pastor de ovelhas e também cuido de figueiras. 15 Mas o Senhor Deus mandou que eu deixasse os meus rebanhos e viesse anunciar a sua mensagem ao povo de Israel. 16 Portanto, escute a mensagem de Deus, o Senhor. Você, Amazias, diz que eu não devo continuar profetizando contra o povo de Israel. 17 Mas o Senhor diz a você: “A sua mulher virará prostituta aqui na cidade, e os seus filhos e as suas filhas morrerão na guerra. O seu país será dividido entre outros países, e você morrerá numa terra pagã. E o povo de Israel vai ser levado como prisioneiro para fora da sua terra.”



Comentário devocional:

Este capítulo apresenta três das cinco visões de Amós a respeito dos juízos que cairiam sobre Israel (vv. 1-9), assim como o confronto do profeta com Amazias, o sacerdote de Betel (vv. 10-17).

O primeiro juízo é a fome (v.1). “Gafanhotos”, como instrumentos da ira divina, vieram sobre a terra para destruir a sua beleza e seus frutos trazendo carestia e fome aos habitantes. Deus é longânimo para com as pessoas, mas não para sempre; especialmente quando se trata de grandes iniquidades. No entanto, o juízo veio misturado com a misericórdia de Deus. Os insetos comeram apenas o último crescimento da grama, que é de pouco valor em comparação com o primeiro.

Observe que as misericórdias que Deus continua a nos dar são mais numerosas e mais valiosas do que aquelas que Ele tira de nós. Isso deve nos tornar mais submissos em gratidão à Sua vontade quando decepções vierem.

Vendo a terrível obra dos gafanhotos, Amós intercede em favor de Israel (v. 2). Os profetas sempre oraram por aqueles a quem profetizaram, e, assim, mostraram que, apesar de denunciarem o pecado das pessoas, não tinham prazer na sua destruição.

A próxima visão, o julgamento pelo fogo (v.4) mostra que Deus tem muitas maneiras de humilhar uma nação pecadora. Esse fogo abrasador sobre a plantação seca, trazida por Deus, fez coisas terríveis; e ainda consumiu os reservatórios profundos de água, deixando claro que nada pode interromper as visitações de Deus.

Mais uma vez, o profeta intercedeu em favor dos pecadores. Ele reconheceu que Israel havia se tornado mais humilde diante dos castigos anteriores. Então, devido a intercessão profética, o Senhor postergou os Seus juízos.

A terceira visão, do fio de prumo (v.7), nos lembra que Israel era como uma parede forte que o próprio Deus havia construído. Mas agora Deus está em cima do muro com um fio de prumo, para medi-la e trazer juízos sobre ela porque não estava à altura de Suas expectativas. A punição seria certa. Observe que virá um tempo quando aqueles que foram poupados logo não mais o serão.

Apesar da  intercessão de Amós em favor de Israel, este continuou em pecado. Além disso, perseguiu o profeta. Amazias, o sacerdote-chefe da adoração do bezerro em Betel, queixou-se ao rei Jeroboão sobre o profeta, sem mencionar a sua oração de intercessão por eles. Note-se que os que mais fingem ter santidade são geralmente os piores inimigos de quem está realmente santificado.

Amos profetizou/fez aquilo que Deus o designara a fazer (vv. 14,15). Ele testemunhou que Deus o chamara enquanto era apenas um pastor, não para temer o homem, mas fazer a Sua vontade. Suas habilidades vinham de Deus (v. 12). Ele era um profeta, e não por profissão ou modo de ganhar a vida com isso, mas foi chamado para honrar a Deus, servir as pessoas, e fazer o bem.

Amós condena Amazias por denunciar os juízos de Deus (vv. 16,17). Quando Amazias ordenou que Amós ficasse em silêncio, o profeta profetizou contra sua esposa e seus filhos. Sua mulher seria tratada como uma prostituta; seus filhos e suas filhas seriam mortos pela espada de guerra; e o próprio Amazias viveria para ver isso e, em seguida, seria levado cativo para morrer em uma terra estrangeira. Amazias havia ensinado o povo a adorar ídolos e por isso o Senhor o destruiria por seus pecados. 

As interações de Deus com o seu povo nos mostram que Ele é muito paciente, mas não tolera o pecado. O dia do acerto de contas chegará para todos nós, por isso peçamos a Deus que nos ajude a vivermos em harmonia e fazermos as pazes com Ele no dia que se chama hoje.

Deepati Vara Prasad, Ph.D.

Watchman Publishing House, Índia

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

DESPEDIDA


Ah!! momento malvado que tanto machuca
que aperta o peito e faz sumir a fala
nos deixando tão tristes como uma flor murcha
quem fica e quem vai nesse instante se iguala
há até quem sorria num breve disfarce
porém, adiando ao máximo o momento da ida
há quem as lágimas escorreram da face
ao chegar a hora da tal despedida
As vezes um irmão, um conhecido, um amigo
que está indo pra longe está nos deixando
nos restando a saudade e um choro contido
Pois é, infelizmente são coisas da vida
e feliz é quem nunca precisou abraçar
a pessoa amada que está de partida.

Jones Neves

As pessoas fazem muitos planos, mas quem decide é Deus, o Senhor


1 É melhor ser pobre e honesto do que mentiroso e tolo. 2 Agir sem pensar não é bom; quem se apressa erra o caminho. 3 A falta de juízo é o que faz a pessoa cair na desgraça; no entanto ela põe a culpa em Deus, o Senhor. 4 Os ricos arranjam muitos amigos, mas o pobre não consegue nem conservar os poucos que tem. 5 A falsa testemunha não poderá escapar do castigo. 6 Todos procuram agradar as pessoas importantes; todos querem ser amigos de quem dá presentes. 7 Se o pobre é desprezado até pelos seus próprios irmãos, não é de admirar que os seus amigos se afastem dele. Ele se cansa de procurar os amigos, mas eles não se importam com ele. 8 Quem procura ter sabedoria ama a sua vida, e quem age com inteligência encontra a felicidade. 9 A falsa testemunha é castigada e certamente será condenada à morte. 10 Não é bom que os tolos vivam no luxo, nem que os escravos governem os príncipes. 11 A pessoa sensata controla o seu gênio, e a sua grandeza é perdoar quem a ofende. 12 A raiva do rei é como o rugido de um leão, mas a sua bondade é como o orvalho sobre as plantas. 13 Um filho sem juízo pode levar o pai à desgraça. Uma esposa que vive resmungando é como água que pinga sem parar. 14 Um homem pode herdar dos seus pais casa e dinheiro, mas só Deus pode dar uma esposa sensata. 15 Quem é preguiçoso e dorminhoco acabará passando fome. 16 Quem obedece às leis de Deus vive mais; quem despreza os seus ensinamentos morrerá. 17 Ser bondoso com os pobres é emprestar ao Senhor, e ele nos devolve o bem que fazemos. 18 Corrija os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de pancadas. 19 Deixe que a pessoa de mau gênio sofra as consequências disso, pois, se você a ajudar uma vez, terá de ajudar de novo. 20 Ouça os conselhos e esteja pronto para aprender; assim, um dia você será sábio. 21 As pessoas fazem muitos planos, mas quem decide é Deus, o Senhor. 22 O que se espera de uma pessoa é que seja fiel; é melhor ser pobre do que mentiroso. 23 Quem teme o Senhor terá uma vida longa, feliz e tranquila. 24 Existe gente que tem preguiça até de pôr a comida na própria boca. 25 Os orgulhosos devem ser castigados para que as pessoas simples aprendam uma lição de humildade; quem é sábio aprende quando é corrigido. 26 Quem maltrata o seu pai ou toca a sua mãe de casa não tem vergonha e não presta. 27 Filho, se você parar de aprender, logo esquecerá o que sabe. 28 A testemunha de mau caráter zomba da justiça. Os maus têm fome de fazer o mal. 29 Mais cedo ou mais tarde quem zomba dos outros será julgado, e quem não tem juízo será castigado.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

MOMENTOS...


Há momentos na vida que perdemos oportunidades
Que nos mostram o caminho certo...
Há momentos na vida que não aproveitamos
O lado maravilhoso do prazer,
Porque somente não podemos...
Há momentos na vida que queremos dizer: Amo-te
Mas não é a pessoa certa...
E quando essa pessoa aparece
Não é o momento certo,
Porque a oportunidade já passou ,
Ou porque não podemos...

Ilustre Desconhecido

UM BRINDE A NÓS



Um brinde aos que se entregam sem se deixar intimidar com o receio de uma nova desventura.
Aos que de fato vivem o momento como se o amanhã não viesse ao seu encontro.
Palmas para os que se permitem amar de novo e com isso sentem
os encantos de um beijo ardente e a magia de um abraço caloroso
Viva os que estão sempre prontos e em busca de um novo amor
amor que não precisa ser perfeito, alinhado, arrumadinho
afinal de contas, o amor não está em nós?
e quem de nós é perfeito?
Também nem precisamos ser
Basta que amemos como se deve amar
incondicionalmente, ardentemente e se doando por inteiro.
Um brinde então aos que as vezes choram por uma desilusão
aos que sofrem por uma decepção, mas que apostam sempre
numa nova paixão
Um brinde a nós!

Jones Neves

O AMOR QUE LHE TENHO


Como disfarçar, se basta te ver chegar para que meu coração bata mais forte, minhas mãos fiquem frias e minha respiração mais afegante?
Como dizer não, se o não querer simplesmente não encontra espaço em mim e o que rege minha vida é a imensa vontade de estar contigo?
Como omitir, se a todo momento desejo te envolver nos meu braços e te amar como se nada mais fizesse sentido além de nós?
Vivo a esperança de sentir o calor da sua pele macia
e entre sussurros e carícias deixar que a volúpia nos envolva
nos levando ao mais perfeito e regozijante clímax.
E exausto depois de muito te amar, poder repousar sobre teu seio
e ainda inebriado com o perfume do amor
adormecer ao som das batidas aceleradas do seu coração.
E ao acordar poder afagar teus cabelos, fitar teus olhos
e ter a certeza de que não foi um sonho, e que cada toque, cada arrepio e cada gemido foi verdadeiro.
Tão verdadeiro quanto o amor que lhe tenho.

Jones Neves

O Sermão do Monte


Caps. 5—7
1 Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus discípulos chegaram perto dele, 2 e ele começou a ensiná-los.
A verdadeira felicidade
Lucas 6.20-23
Jesus disse:
3— Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
4— Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.
5— Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido. 
6— Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará
completamente satisfeitas.
7— Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
8— Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus.
9— Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.
10— Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas.
11— Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. 12 Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Porque foi assim mesmo que perseguiram os profetas que viveram antes de vocês.
O sal e a luz
Marcos 9.50; Lucas 14.34-35
13— Vocês são o sal para a humanidade; mas, se o sal perde o gosto, deixa de ser sal e não serve para mais nada. É jogado fora e pisado pelas pessoas que passam. 14— Vocês são a luz para o mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte. 15 Ninguém acende uma lamparina para colocá-la debaixo de um cesto. Pelo contrário, ela é colocada no lugar próprio para que ilumine todos os que estão na casa. 16 Assim também a luz de vocês deve brilhar para que os outros vejam as coisas boas que vocês fazem e louvem o Pai de vocês, que está no céu.
A Lei de Moisés
17— Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. 18 Eu afirmo a vocês que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei — nem a menor letra, nem qualquer acento. E assim será até o fim de todas as coisas. 19 Portanto, qualquer um que desobedecer ao menor mandamento e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino do Céu. Por outro lado, quem obedecer à Lei e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado grande no Reino do Céu. 20 Pois eu afirmo a vocês que só entrarão no Reino do Céu se forem mais fiéis em fazer a vontade de Deus do que os mestres da Lei e os fariseus.
O ódio
21— Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não mate. Quem matar será julgado.” 22 Mas eu lhes digo que qualquer um que ficar com raiva do seu irmão será julgado. Quem disser ao seu irmão: “Você não vale nada” será julgado pelo tribunal. E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno. 23 Portanto, se você estiver oferecendo no altar a sua oferta a Deus e lembrar que o seu irmão tem alguma queixa contra você, 24 deixe a sua oferta ali, na frente do altar, e vá logo fazer as pazes com o seu irmão. Depois volte e ofereça a sua oferta a Deus. 25— Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, entre em acordo com essa pessoa enquanto ainda é tempo, antes de chegarem lá. Porque, depois de chegarem ao tribunal, você será entregue ao juiz, o juiz o entregará ao carcereiro, e você será jogado na cadeia. 26 Eu afirmo a você que isto é verdade: você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.
O adultério
27— Vocês ouviram o que foi dito: “Não cometa adultério.” 28 Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração. 29 Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, arranque-o e jogue-o fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ser atirado no inferno. 30 Se a sua mão direita faz com que você peque, corte-a e jogue-a fora. Pois é melhor perder uma parte do seu corpo do que o corpo inteiro ir para o inferno.
O divórcio
Mateus 19.1-9; Marcos 10.1-12; Lucas 16.18
31— Foi dito também: “Quem mandar a sua esposa embora deverá dar a ela um documento de divórcio.” 32 Mas eu lhes digo: todo homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, será culpado de fazer com que ela se torne adúltera, se ela casar de novo. E o homem que casar com ela também cometerá adultério.
Os juramentos
33— Vocês ouviram o que foi dito aos seus antepassados: “Não quebre a sua promessa, mas cumpra o que você jurou ao Senhor que ia fazer.” 34 Mas eu lhes digo: não jurem de jeito nenhum. Não jurem pelo céu, pois é o trono de Deus; 35 nem pela terra, pois é o estrado onde ele descansa os seus pés; nem por Jerusalém, pois é a cidade do grande Rei. 36 Não jurem nem mesmo pela sua cabeça, pois vocês não podem fazer com que um só fio dos seus cabelos fique branco ou preto. 37 Que o “sim” de vocês seja sim, e o “não”, não, pois qualquer coisa a mais que disserem vem do Maligno.
A vingança
Lucas 6.29-30
38— Vocês ouviram o que foi dito: “Olho por olho, dente por dente.” 39 Mas eu lhes digo: não se vinguem dos que fazem mal a vocês. Se alguém lhe der um tapa na cara, vire o outro lado para ele bater também. 40 Se alguém processar você para tomar a sua túnica, deixe que leve também a capa. 41 Se um dos soldados estrangeiros forçá-lo a carregar uma carga um quilômetro, carregue-a dois quilômetros. 42 Se alguém lhe pedir alguma coisa, dê; e, se alguém lhe pedir emprestado, empreste.
Amar os inimigos
Lucas 6.27-28,32-36
43— Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” 44 Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, 45 para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal. 46 Se vocês amam somente aqueles que os amam, por que esperam que Deus lhes dê alguma recompensa? Até os cobradores de impostos amam as pessoas que os amam! 47 Se vocês falam somente com os seus amigos, o que é que estão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! 48 Portanto, sejam perfeitos, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

SEM ELE, SEM NÓS


Não eram as brigas, eram as palavras
que como um punhal afiado feriam profundamente
Não era o cansaço, era o descaso
capaz de fazer qualquer ser humano
sentir-se um nada diante de tudo
Não eram os beijos era a ausência de paixão
que os tornavam insípidos e sem razão
Não era a cama, era a falta de desejo
que transformava num breve suplício um ato tão sublime
Não era eu; também não era você
era a falta de amor, que nos provou que sem ele
jamais poderia existir nós.

Jones Neves

Tudo o que a gente faz, acontece na hora que tem de acontecer...


Tempo para tudo

1 Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião.
2 Há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar; 3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derrubar e tempo de construir.
4 Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar; tempo de chorar e tempo de dançar;
5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las; tempo de abraçar e tempo de afastar.
6 Há tempo de procurar e tempo de perder; tempo de economizar e tempo de desperdiçar; 7 tempo de rasgar e tempo de remendar; tempo de ficar calado e tempo de falar. 
8 Há tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.
9 O que é que a pessoa ganha com todo o seu trabalho? 10 Eu tenho visto todo o trabalho que Deus dá às pessoas para que fiquem ocupadas. 11 Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não nos deixa compreender completamente o que ele faz. 12 Então entendi que nesta vida tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder. 13 Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o nosso trabalho. Isso é um presente de Deus. 14 Eu sei que tudo o que Deus faz dura para sempre; não podemos acrescentar nada, nem tirar nada. E uma coisa que Deus faz é levar as pessoas a temê-lo. 15 Tudo o que acontece ou que pode acontecer já aconteceu antes. Deus faz com que uma coisa que acontece torne a acontecer.

A injustiça no mundo

16 Neste mundo eu também reparei o seguinte: no lugar onde deviam estar a justiça e o direito, o que a gente encontra é a maldade. 17 Então pensei assim: “Deus julgará tanto os bons como os maus porque tudo o que se passa neste mundo, tudo o que a gente faz, acontece na hora que tem de acontecer.” 18 Aí cheguei à conclusão de que Deus está pondo as pessoas à prova para que elas vejam que não são melhores do que os animais. 19 No fim das contas, o mesmo que acontece com as pessoas acontece com os animais. Tanto as pessoas como os animais morrem. O ser humano não leva nenhuma vantagem sobre o animal, pois os dois têm de respirar para viver. Como se vê, tudo é ilusão, 20 pois tanto um como o outro irão para o mesmo lugar, isto é, o pó da terra. Tanto um como o outro vieram de lá e voltarão para lá. 21 Como é que alguém pode ter a certeza de que o sopro de vida do ser humano vai para cima e que o sopro de vida do animal desce para a terra? 22 Assim, eu compreendi que não há nada melhor do que a gente ter prazer no trabalho. Esta é a nossa recompensa. Pois como é que podemos saber o que vai acontecer depois da nossa morte?

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A ajuda de Deus nos sofrimentos


Saudação
1 Eu, Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, escrevo junto com o nosso irmão Timóteo esta carta à igreja de Deus que está na cidade de Corinto e também a todo o povo de Deus espalhado por toda a província da Acaia. 2 Que a graça e a paz de Deus, o nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês!
A ajuda de Deus nos sofrimentos
3 Louvado seja o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai bondoso, o Deus de quem todos recebem ajuda! 4 Ele nos auxilia em todas as nossas aflições para podermos ajudar os que têm as mesmas aflições que nós temos. E nós damos aos outros a mesma ajuda que recebemos de Deus. 5 Porque, assim como tomamos parte nos muitos sofrimentos de Cristo, assim também, por meio dele, participamos da sua grande ajuda. 6 Se sofremos, é para que vocês recebam ajuda e salvação. Se somos ajudados, então vocês também são e recebem forças para suportar com paciência os mesmos sofrimentos que nós suportamos. 7 Desse modo a esperança que temos em vocês está firme. Pois sabemos que, assim como vocês tomam parte nos nossos sofrimentos, assim também recebem a ajuda que Deus dá. 8 Irmãos, queremos que saibam das aflições pelas quais passamos na província da Ásia. Os sofrimentos que suportamos foram tão grandes e tão duros, que já não tínhamos mais esperança de escapar de lá com vida. 9 Nós nos sentíamos como condenados à morte. Mas isso aconteceu para que aprendêssemos a confiar não em nós mesmos e sim em Deus, que ressuscita os mortos. 10 Ele nos salvou e continuará a nos salvar desses terríveis perigos de morte. Sim, nós temos posto nele a nossa esperança, na certeza de que ele continuará a nos salvar, 11 enquanto vocês nos ajudam, orando por nós. Assim Deus responderá às muitas orações feitas em nosso favor e nos abençoará; e muitos lhe agradecerão as bênçãos que ele nos dará.
Paulo muda os seus planos
12 É disto que temos orgulho: a nossa consciência nos afirma que a nossa maneira de viver no mundo, e especialmente em relação a vocês, tem sido dirigida pela franqueza e sinceridade que Deus nos dá e também pelo poder da sua graça e não pela sabedoria humana. 13-14 Pois escrevemos a vocês somente o que vocês podem ler e entender. Agora vocês nos entendem só em parte, mas espero que cheguem a nos compreender completamente, para que, no Dia do nosso Senhor Jesus, vocês tenham orgulho de nós, como nós temos de vocês. 15 Eu estava tão certo de tudo isso, que no início fiz planos para ir visitar vocês a fim de que vocês pudessem ser abençoados mais uma vez. 16 De fato, eu estava pensando em visitá-los na minha ida para a província da Macedônia e também na volta, a fim de conseguir ajuda para a minha viagem à Judeia. 17 Será que fui irresponsável quando resolvi fazer isso? Será que, ao fazer os meus planos, penso somente nos meus próprios interesses e por isso digo “sim, sim” e “não, não” ao mesmo tempo? 18 Em nome de Deus, que é verdadeiro, o que prometi a vocês não foi um “sim” e um “não” ao mesmo tempo. 19 Pois Jesus Cristo, o Filho de Deus, que foi anunciado entre vocês por Silas, por Timóteo e por mim mesmo, não é “sim” e “não” ao mesmo tempo. Pelo contrário, ele é o “sim” de Deus 20 porque é o “sim” de todas as promessas de Deus. Por isso dizemos “amém”, por meio de Jesus Cristo, para a glória de Deus. 21 Pois é o próprio Deus que nos dá, a nós e a vocês, a certeza de que estamos unidos com Cristo. E foi Deus quem nos separou para si mesmo. 22 Como dono ele pôs a sua marca em nós e colocou no nosso coração o Espírito Santo, que é a garantia das coisas que ele guarda para nós. 23 Eu chamo Deus como minha testemunha; ele conhece o meu coração. A fim de evitar aborrecimentos para vocês, resolvi não ir até Corinto. 24 Não estamos querendo mandar na sua fé, pois vocês estão firmes na fé. Pelo contrário, queremos trabalhar com vocês para que vocês sejam mais felizes ainda.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

AMOR?


Quanto temos que sofrer por um amor verdadeiro?
Quanto temos que chorar por esse amor quando se vai?

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Mas se é amor porque o sofrer?
E se é verdadeiro porque se vai?

Jones Neves

SONHANDO


Sonhando abracei teu corpo
sorrindo eu te despia
sonhando te amei de novo
sorrindo enquanto dormia
sonhando...


Jones Neves

Saudação


1 Eu, Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, envio saudações a todo o povo de Deus espalhado pelo mundo inteiro.
Fé e sabedoria
2 Meus irmãos, sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. 3 Pois vocês sabem que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz perseverança. 4 Que essa perseverança seja perfeita a fim de que vocês sejam maduros e corretos, não falhando em nada! 5 Mas, se alguém tem falta de sabedoria, peça a Deus, e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos. 6 Porém peçam com fé e não duvidem de modo nenhum, pois quem duvida é como as ondas do mar, que o vento leva de um lado para o outro. 7 Quem é assim não pense que vai receber alguma coisa do Senhor, 8 pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer.
Pobreza e riqueza
9 O irmão que é pobre deve ficar contente quando Deus faz com que melhore de vida; 10 e quem é rico deve sentir o mesmo quando Deus faz com que piore de vida. Pois quem é rico desaparecerá como a flor da erva do campo. 11 Quando o sol brilha forte, e o seu calor queima a planta, aí a flor cai, e a sua beleza é destruída. Do mesmo modo, quem é rico será destruído no meio dos seus negócios.
Provas e tentações
12 Feliz é aquele que nas aflições continua fiel! Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prêmio a vida que Deus promete aos que o amam. 13 Quando alguém for tentado, não diga: “Esta tentação vem de Deus.” Pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém. 14 Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. 15 Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte. 16 Não se enganem, meus queridos irmãos. 17 Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu. Ele não muda, nem varia de posição, o que causaria a escuridão. 18 Pela sua própria vontade ele fez com que nós nascêssemos, por meio da palavra da verdade, a fim de ocuparmos o primeiro lugar entre todas as suas criaturas.
Ouvir e fazer
19 Lembrem disto, meus queridos irmãos: cada um esteja pronto para ouvir, mas demore para falar e ficar com raiva. 20 Porque a raiva humana não produz o que Deus aprova. 21 Portanto, deixem todo costume imoral e toda má conduta. Aceitem com humildade a mensagem que Deus planta no coração de vocês, a qual pode salvá-los. 22 Não se enganem; não sejam apenas ouvintes dessa mensagem, mas a ponham em prática. 23 Porque aquele que ouve a mensagem e não a põe em prática é como uma pessoa que olha no espelho e vê como é. 24 Dá uma boa olhada, depois vai embora e logo esquece a sua aparência. 25 O evangelho é a lei perfeita que dá liberdade às pessoas. Se alguém examina bem essa lei e não a esquece, mas a põe em prática, Deus vai abençoar tudo o que essa pessoa fizer. 26 Alguém está pensando que é religioso? Se não souber controlar a língua, a sua religião não vale nada, e ele está enganando a si mesmo. 27 Para Deus, o Pai, a religião pura e verdadeira é esta: ajudar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e não se manchar com as coisas más deste mundo.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Eu me sinto feliz nos seus braços


Mais uma vez apenas para lembrar, não sou eu quem escolho os textos bíblicos, abro a Bíblia aleatoriamente, pedindo ao nosso Pai que me guie e me mostre o que Ele quer falar, muitas vezes as palavras são para mim mesma, meu coração avisa quando isso acontece, outras apenas devo colocar aqui para quem precisa ler...
Hoje pela manhã, abri o Livro Cântico dos Cânticos, Capítulo 2, vejam:

Rosa Soares


1 Eu sou a rosa dos campos de Sarom; sou o lírio dos vales.
Ele
2 Como um lírio entre os espinhos, assim é a minha amada entre as outras mulheres.
Ela
3 Como a macieira entre as árvores da floresta, assim é o meu amado entre os outros homens.
Eu me sinto feliz nos seus braços, e os seus carinhos são doces para mim.
4 Ele me levou ao salão de festas, e ali nós nos entregamos ao amor.
5 Tragam passas para eu recuperar as minhas forças e maçãs para me refrescar, pois estou desmaiando de amor.
6 A sua mão esquerda está debaixo da minha cabeça, e a direita me abraça.
7 Mulheres de Jerusalém, prometam e jurem, pelas gazelas e pelas corças selvagens, que vocês não vão perturbar o nosso amor.

Segunda canção
Ela
8 Estou ouvindo a voz do meu amor. Ele vem depressa, descendo as montanhas, correndo pelos montes.
9 O meu amado é como uma gazela; é como um filhote de corço. O meu querido está ali, do lado de fora da nossa casa. Ele está olhando para dentro, pelas janelas; está me espiando pelas grades.
10 O meu amor está falando comigo.
Ele
Venha então, minha querida; venha comigo, meu amor.
11 O inverno já foi, a chuva passou, 12 e as flores aparecem nos campos. É tempo de cantar; ouve-se nos campos o canto das rolinhas. 13 Os figos estão começando a amadurecer, e já se pode sentir o perfume das parreiras em flor. Venha então, meu amor. Venha comigo, minha querida.
14 Você está escondida como uma pomba na fenda de uma rocha. Mostre-me o seu rosto; deixe-me ouvir a sua voz; pois a sua voz é suave, e o seu rosto é lindo.
15 Peguem as raposas, apanhem as raposinhas, antes que elas estraguem a nossa plantação de uvas,
que está em flor.
Ela
16 O meu querido é meu, e eu sou dele. Ele leva as suas ovelhas para pastarem entre os lírios,
17 enquanto o dia ainda está fresco e a escuridão está desaparecendo. Meu querido, volte depressa,
correndo como uma gazela,como um filhote de corço nos montes de Beter

sábado, 24 de janeiro de 2015

ESTUDO DO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL


J. DIAS
AUTOR E DATAS
Ezequiel era de família sacerdotal filho de Buzi, o sacerdote. Ele mesmo foi sacerdote.  Os sacerdotes iniciavam seu serviço no templo aos trinta anos. Mas, no ano em que Ezequiel fez trinta anos ele se encontrava no cativeiro babilônico (1.1), a cerca de 1100 quilômetros distante do templo de Jerusalém. O profeta viveu entre os exilados, sua profecia foi formulada em meio às pessoas deportadas para as terras estranhas da Babilônia.

Ezequiel era um homem de amplos conhecimentos, não somente das tradições de sua nação, mas também de assuntos internacionais e da história. Sua familiaridade com tópicos gerais de cultura, desde a construção de navios até a literatura, é igualmente espantosa. Era dotado de grande intelecto e tinha capacidade de compreender questões de amplo alcance. Seu estilo é impessoal, mas em alguns trechos é apaixonante e bastante transparente (Caps. 16 e 23).

Na sua segunda vinda a Jerusalém (598-597), Nabucodonosor deportou para a Babilônia, o rei Joaquim e a família real, junto com outros dez mil membros da elite (2 Reis 24.12-14). Ezequiel estava entre eles. Era contemporâneo do profeta Jeremias, porém, mais jovem. Enquanto Jeremias profetizava em Jerusalém, Ezequiel anunciava a Palavra do Senhor aos que estavam cativos na Babilônia, junto ao rio Quebar. Era conhecido de Daniel, não sabemos se mantinha relações mais próximas com ele (14.20; 28.3). Ezequiel era casado, mas, sua esposa morreu durante o cativeiro (24.15-18).

Se o profeta tinha trinta anos quando começou seu ministério (1.1), e essa data corresponde ao quinto ano de exílio do rei Joaquim (1.2-3), então Ezequiel tinha por volta de vinte e seis anos quando foi levado cativo. A última data registrada no livro (26 de abril de 571 a.C., em 29.17) demonstra que o ministério de Ezequiel compreendeu pelo menos vinte e três anos. As circunstâncias de sua morte são desconhecidas. Pouco se sabe de sua vida antes do chamado para o ministério profético. Seu nome significa “Deus fortalece”, o que lembra sua obra de conforto e incentivo aos exilados.

Como Ezequiel contém mais datas que qualquer outro livro profético do Antigo Testamento, suas profecias podem ser datadas com considerável precisão. Doze das treze datas especificam ocasiões em que Ezequiel recebeu uma mensagem divina. A outra é a data da chegada do mensageiro que relatou a queda de Jerusalém (33.21).

Tendo recebido o chamado de Deus em julho de 593 a.C., Ezequiel continuou no exercício da vocação por 22 anos, sendo o último oráculo recebido em abril de 571 a.C. (29.17). Se o trigésimo ano citado no capítulo 1 e versículo 1 refere-se à idade de Ezequiel por ocasião do chamado, sua carreira profética excedeu em dois anos o período normal de serviço sacerdotal (Nm 4.3). Seu período de atividade coincide com o momento tenebroso de Jerusalém e antecede em 7 anos a sua destruição, em 586 a.C., continuando por mais 15 anos após essa data.

CONTESTAÇÕES HEBRAICAS
O livro de Ezequiel faz parte da subdivisão chamada Profetas Maiores do cânon hebraico e encontra-se logo após Isaías e Jeremias. A Bíblia em português adota a ordem da Septuaginta e coloca Ezequiel após Lamentações. Apesar do livro sempre ter feito parte do cânon hebraico, estudiosos judeus posteriores questionam seu valor pelas aparentes discrepâncias entre sua interpretação do ritual do templo e as prescrições da lei mosaica (Divergência no número e nos tipos de animais sacrificados na Festa da Lua Nova (Nm 28.11 e Ez 46.6). Os rabinos finalmente restringiram o uso público e particular de Ezequiel.

CONTEXTO HISTÓRICO
Ezequiel viveu em tempos de reviravolta internacional. O Império Assírio, que tinha conquistado e destruído o Reino do Norte, Israel em 722-721 a.C., começou a ceder diante dos golpes da Babilônia ressurgente. Em 612 a.C., a grande cidade assíria de Nínive foi conquistada por um exército aliado de babilônios e medos. Três anos mais tarde, o faraó Neco II do Egito marchou para o norte a fim de ajudar os assírios e tentar restabelecer a influência que o Egito tinha desde a mais remota antiguidade sobre a Palestina e a Síria. Em Megido, o rei Josias, de Judá tentou impedir o avanço do exército egípcio, foi totalmente derrotado, perdendo a vida na batalha (2Rs 23.29-30; 2Cr 35.20-24).

Judá passou a condição de vassalo do Egito. O faraó Neco empossou Jeoacaz, filho de Josias, como rei de Judá. Jeoacaz reinou apenas três meses e foi deposto por insubordinação (2Rs 23.31-35). Depois disso Neco instalou Eliaquim (nome real Jeoaquim), outro filho de Josias, como vassalo real em Jerusalém (609 a.C.). Jeoaquim reinou por onze anos (2Rs 23.34 – 24.7). Segundo Jeremias, o reinado de Jeoaquim foi caracterizado pela idolatria, injustiça social, roubo, assassinato, extorsão, adultério e rejeição a aliança do Senhor (Jr 22.1-17).

Judá continuou vassalo dos egípcios até a batalha de Carquemis em 605 a.C., quando Nabucodonosor e os babilônios venceram Neco e seu exército (2Rs 24.7). Judá e Jeoaquim passaram a pagar tributos à Babilônia. Contudo Jeoaquim tentou se rebelar e se livrar do jugo babilônico, quando Nabucodonosor foi incapaz de subjugar os egípcios do faraó Neco em outra batalha em 601 a.C. A estratégia de Jeoaquim mostrou ser imprudente. Os babilônios devastaram Judá para punir a deslealdade do rei vassalo. Jeoaquim morreu no mesmo mês em que Nabucodonosor iniciou a expedição para puni-lo. Ele foi sucedido por seu filho Joaquim, que teve de enfrentar a fúria de Nabucodonosor. Depois de um breve cerco a Jerusalém, Joaquim foi levado cativo com boa parte da população de Jerusalém, inclusive Ezequiel, em 597 a.C. (2Rs 24.8-12).

Nabucodonosor estabeleceu Zedequias, tio de Joaquim, como governante de Judá. Este governou até a destruição de Jerusalém, em 586 a.C. Embora Zedequias tenha se tornado o último rei de Judá, Joaquim era considerado o último governante legítimo da linhagem de Davi.

PROPÓSITO E MENSAGEM
A profecia de Ezequiel é marcada por visões e ações simbólicas. Já se pode observá-las nos primeiros capítulos. Neles predominam a visão vocacional (caps 1 a 3) e algumas ações simbólicas. Numa delas o profeta come um rolo (livro) (caps 2 e 3), noutra realiza simbolicamente o cerco de Jerusalém (caps 4 e 5). Visões e ações simbólicas similares se repetem em passagens subsequentes. Até mesmo a morte da mulher de Ezequiel transforma-se em um gesto simbólico (caps 24 e 33). Enfim, a linguagem simbólica marca amplamente o estilo deste profeta.

A mensagem profética e estrutura literária de Ezequiel estão intimamente ligadas. A mensagem de três partes do livro é na verdade, uma teodiceia (defesa ou interpretação do julgamento de Deus a Judá e a destruição resultante), e ela corresponde às três dimensões ou fases do ministério de Ezequiel aos exilados. Os capítulos de 1 a 24 antecedem a queda de Jerusalém e são dirigidas à casa rebelde de Judá. O propósito da comissão divina de Ezequiel era trazer a nação de Israel advertências da parte de Deus, sobre o julgamento iminente (2.3-8), deixar bem claro a responsabilidade de cada geração pelos seus pecados (18.20) e convidar aos que tivessem aquebrantamento de coração ao arrependimento, com o conselho: “Arrependam-se e vivam” (18.21-23,32).

Após a destruição de Jerusalém em 587 a.C., Ezequiel voltou sua atenção às nações vizinhas de Israel que participaram do “dia da angústia de Jacó” (caps. 25 a 32) e se alegraram com ele. Mas, a sua arrogância não contaria com a isenção do juízo divino, elas também foram advertidas de que Deus planejara visitá-las com ira e vingança por seus delitos (25.1-11). Nesta fase do ministério de Ezequiel, estava implícito para Israel que o Senhor Deus realmente era justo em seu governo soberano das nações (28.24-26)

A parte final do livro promete a renovação da aliança e a restauração da monarquia davídica em Israel (caps 33 a 48). Aliás, quando o capitulo 37 se refere às tribos, fala justamente da união dos divididos Judá e Israel em torno do descendente de Davi. Mas o novo tempo davídico não será a repetição do velho. Este Davi estará destinado apascentar o rebanho seguindo as pisadas de Javé, que busca a ovelha desgarrada e machucada (34.16). O novo Davi será justo e dedicado aos pobres. A esperança messiânica de Ezequiel está de acordo com a dos grandes profetas de séculos anteriores, que haviam prenunciado a vinda do Messias (Is 9.6-7), nascido na pequena Belém (Ml 5).

Os capítulos 40 a 48 trazem detalhes do projeto do novo templo em Jerusalém, cidade com a qual Deus mantém uma aliança eterna (16.60). Este projeto do templo é uma das visões mais estupendas do livro. Não só delineiam uma espécie de maquete do santuário, mostra que o Novo templo estará sob o controle dos sacerdotes, não de governantes.

Os profetas do Antigo Testamento pressupõem e ensinam a soberania de Deus sobre toda a criação, sobre todos os povos e nações, bem sobre o desenvolvimento da história. Em nenhum outro livro da Bíblia a soberania e o controle de Deus são expressos de modo mais claro e abrangente do que no Livro de Ezequiel. Desde o primeiro capítulo, que relata com realismo a invasão avassaladora da presença de Deus no mundo de Ezequiel, até a última expressão da visão do profeta “O Senhor está aqui”, o livro faz soar a soberania de Deus.

A soberania absoluta de Deus também se evidencia em sua mobilidade. Ele não está limitado ao Templo em Jerusalém, pode abandonar o santuário em Jerusalém, para reagir contra o pecado do povo, como também por sua imensa graça e misericórdia visitar seus filhos no exílio da Babilônia. Deus tem liberdade para condenar e também para perdoar. Seus juízos severos contra Israel refletem em uma análise mais profunda a demonstração de sua graça. Deus é santo. O pecado é uma afronta a sua santidade e deve ser julgado. Israel é uma nação rebelde, porém o exílio tem o propósito de produzir uma nação purificada, um remanescente disposto a viver em obediência a Deus (6.8; 9.8; 11.12-13; 12.16; 14.22-23).

O exílio tinha acontecido, em parte, como resultado da culpa acumulada por gerações de israelitas que tinham se rebelado contra Deus e sua lei. Mesmo que a culpa tenha sempre uma dimensão de um todo, ou seja, toda a nação, Ezequiel enfatizou as conseqüências individuais da desobediência e da transgressão (18.1-32; 33 1-20).

A VISÃO DAS RODAS
As visões arrebatadoras de Ezequiel foram essências para a mensagem geral do livro por dois motivos: Em primeiro lugar, ela reforçavam a veracidade do conhecimento do profeta sobre o papel divino na queda de Judá e a destruição de Jerusalém. A ênfase escatológica predominante nas visões do profeta mostrou aos exilados que as promessas de Javé ainda eram válidas, os ossos secos poderiam ganhar vida e voltarem a se reunir.

Em segundo lugar acima de tudo, as visões de Ezequiel foram meios não convencionais de transmitir o conhecimento de Deus aos exilados. Sua visão de rodas é especial por aparecer três vezes no texto, ao contrário do chamado de Ezequiel (caps 1 a 3), do julgamento de Jerusalém (cap. 10) e da restauração de Israel (caps 43 a 46.

Os detalhes desta visão estranha e complexa, com suas criaturas bizarras e seus dispositivos fantásticos, desafiam qualquer explicação. Todavia, a intenção básica da visão é inconfundível. O Deus de Ezequiel e dos hebreus vive e reina nos céus, majestoso em sua diversidade transcendente. Ele exerce controle absoluto sobre toda a criação, mesmo os israelitas cativos na Babilônia. O próprio Senhor está numa carruagem magnífica, possibilitando seu movimento e representando sua presença em qualquer direção. Além disso, seus olhos vêem tudo e por isso, ele certamente agirá a favor do seu povo no tempo certo.

FILHO DO HOMEM
O Senhor chamou Ezequiel pelo título de “Filho do Homem” umas noventa vezes no livro. Só há uma ocorrência da expressão em outro livro do Antigo Testamento, que é em Daniel (8.17). Empregada para enfatizar a humanidade do mensageiro comparado a origem divina da mensagem. A expressão também revela a natureza simbólica da vida e do ministério de Ezequiel, tanto para os hebreus exilados quanto para os que permaneceram em Jerusalém. Ezequiel fez o papel de servo totalmente engajado no propósito de Deus, deixando sua vida servir de ilustração viva da casa rebelde de Israel (as representações simbólicas que previram o cerco babilônico, a pilhagem de Jerusalém e o exílio dos hebreus – capítulos 4 e 5).

PROFETIZANDO FORA DE ISRAEL
Ezequiel foi feito profeta entre exilados. Ele é o primeiro a profetizar fora da terra de Israel. Isto significa uma ruptura decisiva na história da profecia bíblica: alguém se apresentar como profeta longe da terra santa. E este justamente vem do grupo dos sacerdotes, aqueles que mais expressamente aproximavam e identificavam a ação de Javé em profecias com a terra da promessa. Costumavam celebrar as ações salvíficas de Deus apenas em relação a Israel. Havia tendência em restringir as ações de Javé ao tamanho dos limites de Israel. Os mais exaltados até mesmo tendiam a ligar a presença de Deus apenas ao templo, templo de Jerusalém. Este lugar era tido como morada de Javé. Quem quisesse prestar culto ao Senhor, deveria peregrinar até Sião. Ali estava como que sediada a divindade.

Outros profetas se preocuparam em grande parte com a idolatria de Israel, com degradação moral, com as intrigas e alianças com povos estrangeiros para se proteger, deixando de confiar no Senhor. Proclamam o juízo divino, mas também falam da restauração e redenção futura.

O vasto alcance da mensagem de Ezequiel tem semelhança com tudo isso, a grande diferença é que ele focaliza Israel de modo incomparável como povo santo. Israel, ao contaminar o culto que prestava ao Senhor Jeová, tornara-se impuro e contaminara o templo, a cidade, o pais inteiro. Diante dessa contaminação, Deus teria de retirar sua presença e castigar o povo com destruição.

Mas a fidelidade de Deus para com a aliança e seu desejo de salvar eram tão grandes, que Ele avivaria de novo o seu povo, seria o Bom Pastor. Compassivo com as suas ovelhas, purificando suas impurezas e os recolocando de volta ao lugar de onde nunca deveriam ter saído se tivessem se mantido fiel ao Senhor.     

SEQUÊNCIA DA MENSAGEM
Os livros de Isaías, Jeremias, Ezequiel e também Sofonias, trazem a mensagem na mesma seqüência estrutural: 1) sentença contra Israel, 2) sentença contra as nações, 3) consolação para Israel. Mas nenhum consegue revelar com tanta clareza e simetria este padrão como Ezequiel. A visão do templo profanado, pronto para destruição (caps 8 a 11), é contrabalançada pela visão do templo restaurado (caps 40 a 48). O Deus apresentado em ira agitada (cap. 1) também é apresentado como o Deus consolador (48.35). O chamado de Ezequiel para anunciar o juízo divino (cap. 3) é contrabalançado com seu chamado para ser arauto de um novo tempo (cap. 35).

ORGANIZAÇÃO
As revelações proféticas de Deus através de Ezequiel foram transmitidas aos hebreus oralmente e, ao que tudo indica registradas em data posterior, conforme comprovam expressões como “diga-lhes” (14.4), “conte uma parábola” (17.2-3), “pregue” (20.46) e muitas outras citações. A falta de ordem cronológica rígida da literatura pode ser evidencia da compilação dos oráculos por Ezequiel, já que é provável que se fosse outro a organizar, teria se preocupado com a seqüência exata do material, já que existem datas no texto que poderiam ser seguidas.

Nenhum outro livro profético contém tantas informações cronológicas como Ezequiel. O profeta era consciente da importância de sua mensagem para aquele momento histórico. A cronologia da segunda metade do primeiro milênio a.C., incluindo o período de Ezequiel é conhecida através dos registros cronológicos da Bíblia e de outros documentos, em diversas línguas, provenientes do antigo Oriente Próximo. Observações astronômicas registrados por antigos escribas permitem relacionar os calendários antigo e moderno com um alto grau de confiabilidade. Ezequiel contém indicações de data em diversas passagens (1.1-2; 8.1; 20.1; 24.1 etc.). Estas datas situam-se no período entre 593 a 573 a.C.

A estrutura geral dos oráculos de Ezequiel contribui para o propósito básico da mensagem do profeta, isto é a soberania de Deus. Os oráculos dos capítulos 1 a 24, contra Jerusalém enfatizam o ensinamento de Ezequiel a respeito da soberania de Jeová sobre Israel, chamando a atenção para o juízo que viria por causa da desobediência a aliança com o Senhor.

CONCLUSÃO
Ezequiel é o único livro profético inteiramente autobiográfico. Ele foi escrito na primeira pessoa a partir da perspectiva do próprio profeta. Se comparado com outros livros proféticos, Ezequiel apresenta um número maior de ações simbólicas (3.22-26; 4.1-14; 12.10-20; 21.6-, 18-24; 24.15-24; 37.15-28). O profeta se identificava com sua mensagem: ele sofreu no próprio corpo as conseqüências de representar Deus diante do seu povo, e de representar a nação sob o julgamento de Deus. Ezequiel faz uso de muitas parábolas (12.21-22; 16.44; 18.2-3). 

ESBOÇO DE EZEQUIEL 
I. O início da visão e chamada de Ezequiel 1.1-3.21

Visões introdutórias 1.1-28
O encargo dos profetas 2.1-3.21

II. Profecias e visões sobre a destruição de Jerusalém 3.22-24.27

Oráculos de julgamento 3.22-7.27
Visões de idolatria no templo 8.1-11.25
O exílio e cativeiro de Judá 12.1-24.27

III. Oráculos da ruína contra nações estrangeiras 25.1-32.32

Contra Amom 25.1-7
Contra Moabe 25.8-11
Contra Edom 25.12-14
Contra a Filistia 25.15-17
Contra Tiro 26.1-28.19
Contra Sidom 28.20-26
Contra Egito 29.1-32.32

IV. Profecias de restauração 33.1-48.35

Ezequiel como vigia 33.1-33
Deus como Pastor 34.1-31
Julgamento contra Edom 35.1-15
Restauração de Israel 36.1-37.28
Julgamento contra Gogue 38.1-39.29
Restauração do templo 40.1-46.24
Restauração da terra 47.1-48.35

O rei e as festas


O rei e as festas
1 O Senhor Deus diz:— O portão do leste que dá para o pátio de dentro deverá ficar fechado nos seis dias úteis, mas será aberto no sábado e na Festa da Lua Nova. 2 O rei irá do pátio de fora para o salão do portão e ficará ao lado do portão. Enquanto isso, os sacerdotes oferecerão os sacrifícios que serão completamente queimados e também as ofertas de paz. Ali o rei deverá prestar culto e depois sair. O portão deverá ficar aberto até a tarde. 3 No sábado e na Festa da Lua Nova, todo o povo também se curvará e adorará o Senhor na frente do portão. 4 No sábado, o rei deverá apresentar ao Senhor, como sacrifícios que deverão ser completamente queimados, um carneiro e seis carneirinhos, todos sem defeito. 5 Para cada carneiro que ele trouxer, dará a Deus uma oferta de dezessete litros e meio de cereais. E, junto com cada carneirinho que for oferecido em sacrifício, ele dará o que quiser. Para cada dezessete litros e meio de oferta de cereais, ele deverá trazer três litros de azeite. 6 Na Festa da Lua Nova, ele oferecerá um touro novo, um carneiro e seis carneirinhos, todos sem defeito. 7 Junto com o touro novo e com o carneiro haverá uma oferta de dezessete litros e meio de cereais; e junto com os carneirinhos o rei dará o que quiser. Para cada dezessete litros e meio de cereais, serão oferecidos três litros de azeite. 8 O rei deverá voltar do portão, passando pelo salão, como fez para entrar. 9 — Quando o povo prestar culto ao Senhor em qualquer festa, os que entrarem pelo portão do norte sairão pelo portão do sul, depois que acabarem de adorar. Aqueles que entrarem pelo portão do sul sairão pelo portão do norte. Ninguém sairá pelo mesmo portão pelo qual entrou, mas pelo portão do lado contrário. 10 O rei entrará quando o povo entrar e sairá quando o povo sair. 11 Nos dias de festa e de comemorações solenes, a oferta de cereais será de dezessete litros e meio por touro ou carneiro. E junto com cada carneirinho o adorador dará o que quiser. Para cada dezessete litros e meio de cereais, serão oferecidos três litros de azeite. 12 — Quando o rei tiver vontade de dar uma oferta ao Senhor, seja uma oferta que deverá ser completamente queimada ou uma oferta de paz, o portão do leste que dá para o pátio de dentro será aberto para ele. Ele fará a oferta do mesmo modo que faz no sábado, e, depois que ele sair, o portão deverá ser fechado.
A oferta diária
13 O Senhor diz:— Todas as manhãs, deverá ser oferecido ao Senhor um carneirinho de um ano, sem defeito. Essa oferta deverá ser feita todos os dias. 14 Também será feita todas as manhãs a oferta de um quilo e meio de farinha e, junto com ela, um litro de azeite para misturar com a farinha. As leis para essa oferta ao Senhor deverão ser obedecidas para sempre. 15 O carneirinho, a farinha e o azeite deverão ser oferecidos ao Senhor todas as manhãs, para sempre.
O rei e a terra
16 O Senhor Deus diz o seguinte:— Se o rei der de presente uma parte das suas terras a um dos seus filhos, essa terra será do filho como parte da propriedade da sua família. 17 Mas, se o rei der de presente uma parte das suas terras a um dos seus servidores, essa terra voltará a ser do rei quando chegar o Ano da Libertação. A terra será dele e depois será dos seus filhos. 18 O rei não deverá tomar nenhuma propriedade do povo. Das suas próprias terras é que ele dará terras aos seus filhos; assim ele não explorará ninguém do meu povo, tomando a sua terra.
As cozinhas do Templo
19 Depois disso, o homem me levou para a entrada dos cômodos de perto do portão, que ficavam de frente para o norte. São esses os cômodos santos dos sacerdotes. Ele me mostrou um lugar no lado oeste dos cômodos 20 e disse:— Este é o lugar onde os sacerdotes irão cozinhar a carne oferecida como sacrifício para tirar pecados ou culpas e onde assarão as ofertas de farinha. Assim nenhuma coisa santa será levada para o pátio de fora, onde poderia prejudicar o povo. 21-22 Então ele me levou para o pátio de fora e me mostrou que em cada uma das áreas dos quatro cantos havia um pátio menor, com vinte metros de comprimento por quinze de largura. 23 Cada pátio era cercado por um muro de pedra, e, encostados nesses muros, havia fogões. 24 O homem me disse:— São estas as cozinhas onde os servidores do Templo irão cozinhar os sacrifícios que o povo oferece.



Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem.


1 Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e agradável a ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus. 2 Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele. 3 Por causa da bondade de Deus para comigo, me chamando para ser apóstolo, eu digo a todos vocês que não se achem melhores do que realmente são. Pelo contrário, pensem com humildade a respeito de vocês mesmos, e cada um julgue a si mesmo conforme a fé que Deus lhe deu. 4 Porque, assim como em um só corpo temos muitas partes, e todas elas têm funções diferentes, 5 assim também nós, embora sejamos muitos, somos um só corpo por estarmos unidos com Cristo. E todos estamos unidos uns com os outros como partes diferentes de um só corpo. 6 Portanto, usemos os nossos diferentes dons de acordo com a graça que Deus nos deu. Se o dom que recebemos é o de anunciar a mensagem de Deus, façamos isso de acordo com a fé que temos. 7 Se é o dom de servir, então devemos servir; se é o de ensinar, então ensinemos; 8 se é o dom de animar os outros, então animemos. Quem reparte com os outros o que tem, que faça isso com generosidade. Quem tem autoridade, que use a sua autoridade com todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que ajude com alegria. 9 Que o amor de vocês não seja fingido. Odeiem o mal e sigam o que é bom. 10 Amem uns aos outros com o amor de irmãos em Cristo e se esforcem para tratar uns aos outros com respeito. 11 Trabalhem com entusiasmo e não sejam preguiçosos. Sirvam o Senhor com o coração cheio de fervor. 12 Que a esperança que vocês têm os mantenha alegres; aguentem com paciência os sofrimentos e orem sempre. 13 Repartam com os irmãos necessitados o que vocês têm e recebam os estrangeiros nas suas casas. 14 Peçam que Deus abençoe os que perseguem vocês. Sim, peçam que ele abençoe e não que amaldiçoe. 15 Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. 16 Tenham por todos o mesmo cuidado. Não sejam orgulhosos, mas aceitem serviços humildes. Que nenhum de vocês fique pensando que é sábio! 17 Não paguem a ninguém o mal com o mal. Procurem agir de tal maneira que vocês recebam a aprovação dos outros. 18 No que depender de vocês, façam todo o possível para viver em paz com todas as pessoas. 19 Meus queridos irmãos, nunca se vinguem de ninguém; pelo contrário, deixem que seja Deus quem dê o castigo. Pois as Escrituras Sagradas dizem:
“Eu me vingarei, eu acertarei contas com eles, diz o Senhor.”
20 Mas façam como dizem as Escrituras: “Se o seu inimigo estiver com fome, dê comida a ele;
se estiver com sede, dê água. Porque assim você o fará queimar de remorso e vergonha.”
21 Não deixem que o mal vença vocês, mas vençam o mal com o bem.

O senhor ouviu a minha súplica!


1 Ó Senhor Deus, não me repreendas quando estiveres irado!
Não me castigues no teu furor.
2 Tem compaixão de mim, pois me sinto fraco.
Dá-me saúde, pois o meu corpo está abatido, 3 e a minha alma está muito aflita.
Ó Deus, quando virás me curar?
4 Vem salvar a minha vida, ó Senhor Deus!
Por causa do teu amor, livra-me da morte.
5 Pois no mundo dos mortos não és lembrado, e lá ninguém pode te louvar.
6 Estou cansado de chorar. Todas as noites a minha cama se molha de lágrimas, e o meu choro encharca o travesseiro.
7 Por causa dos meus inimigos, os meus olhos estão inchados de tanto chorar, e quase não posso enxergar.
8 Afastem-se de mim, vocês que fazem o mal!
O Senhor Deus me ouve quando choro; 9 ele me escuta quando peço ajuda e atende as minhas orações.
10 Os meus inimigos ficarão envergonhados e apavorados; eles fugirão de repente, em completa confusão.