terça-feira, 7 de março de 2017

Courage to restart


How often the end of a relationship generates a devastating feeling, as if there were no more ground or references! Whether it is the end of a marriage, the loss of a loved one, a close friend who leaves, the fact is that it happens frequently.
I understand that it is difficult and the feeling of emptiness, suffering, mourning are inevitable in most cases. However, staying in the hole forever is a choice, a concession of the sufferer. There are people who cling to the emptiness of loss as if this emptiness could replace who left. It is almost like a kind of backward loyalty that makes the sufferer feel guilty for failing to suffer, clinging to the object of suffering as if it depended on it.
This does not realize that suffering also reveals to us, after all, it opens up where the voids, the fears, the zones of comfort that need to be faced. To face is a choice, to illuminate the dark corners of the soul with the light of the conscience is also a Choice that depends solely on each individual.
If you are suffering, fulfill your time of mourning in peace. Just do not forget that he has time to finish and, if you want, it will come out better than he entered. Let go of your pain so it does not rot and spoil you. It is necessary to walk and recover happiness along the way, in the gifts and compensations that life gives, in the courage to start over, to be again.

Flavio Siqueira

Coragem de recomeçar


Quantas vezes o fim de uma relação gera um sentimento devastador, como se não houvesse mais chão nem referências! Seja o fim de um casamento, a perda de um ente querido, um amigo próximo que vai embora, o fato é que acontece com frequência.
Entendo que seja difícil e o sentimento de vazio, o sofrimento, o luto são inevitáveis na maioria dos casos. No entanto, permanecer no buraco eternamente é uma escolha, uma concessão de quem sofre. Há pessoas que se agarram ao vazio da perda como se esse vazio pudesse substituir quem foi embora. É quase como um tipo de lealdade às avessas que faz o sofredor se sentir culpado por deixar de sofrer, apegando-se ao objeto do sofrimento como se dependesse disso.
Esse não percebe que sofrimento também nos revela, afinal, escancara aonde estão os vazios, os medos, as zonas de conforto que precisam serem encaradas. Encarar-se é uma escolha, iluminar os cantos sombrios da alma com a luz da consciência também é uma escolha que depende unicamente de cada individuo.
Se estiver sofrendo, cumpra seu tempo de luto em paz. Só não esqueça que ele tem tempo para terminar e, se você quiser, sairá melhor do que entrou. Desapegue-se da sua dor para que ela não apodreça e te estrague junto. É preciso caminhar e recuperar a felicidade no caminho, nos presentes e compensações que a vida dá, na coragem de recomeçar, de ser de novo.

Flavio Siqueira