sábado, 5 de setembro de 2015

Deus liberta, protege, ama e guia

1 O rei Nabucodonosor, da Babilônia, pôs Zedequias, filho de Josias, como rei na terra de Judá, no lugar de Joaquim, filho de Jeoaquim. 2 Mas nem Zedequias, nem as autoridades, nem o povo obedeceram à mensagem de Deus, que eu, o profeta Jeremias, lhes entreguei.
3 O rei Zedequias mandou que Jucal, filho de Selemias, e o sacerdote Sofonias, filho de Maaseias, fossem falar comigo. Eles disseram:
— Por favor, Jeremias, ore ao Senhor, nosso Deus, por nós.
4 Eu ainda não tinha sido preso e andava livremente no meio do povo. 5 Nesse tempo, o exército egípcio havia saído do Egito. E, quando os babilônios que estavam cercando Jerusalém souberam disso, foram embora. 6-7 Então o Senhor, o Deus de Israel, me mandou dizer o seguinte a Zedequias, rei de Judá:
— O exército egípcio, que vem vindo para socorrer você, vai voltar para o Egito. 8 Aí os babilônios voltarão para atacar esta cidade. Eles vão conquistá-la e pôr fogo nela. 9 Eu, o Senhor, lhes dou este aviso: não se enganem, pensando que os babilônios não vão voltar. Eles voltarão. 10 Ainda que vocês derrotassem todo o exército da Babilônia, que está atacando, e ainda que desse exército sobrassem apenas homens feridos, deitados nas suas barracas, isso não adiantaria nada. Pois mesmo assim esses homens se levantariam e poriam fogo nesta cidade.
Jeremias é preso
11 As tropas dos babilônios se retiraram de Jerusalém porque o exército egípcio estava chegando. 12 Nesse tempo, eu resolvi sair de Jerusalém e ir ao território da tribo de Benjamim para receber certa propriedade, que era parte de uma herança. 13 Ao chegar ao Portão de Benjamim, o chefe da guarda, chamado Jerias, que era filho de Selemias e neto de Hananias, me fez parar e disse:
— Você está fugindo para o lado dos babilônios!
14 — Isso é mentira! — respondi. — Eu não estou fugindo para o lado dos babilônios!
Mas Jerias não quis me ouvir. Ele me prendeu e me levou às autoridades. 15 Elas ficaram furiosas comigo e me deram uma surra. Em seguida, me prenderam na casa de Jônatas, escrivão do rei. Essa casa tinha sido transformada em prisão. 16 Aí me puseram numa cela cavada na terra, e eu fiquei ali muito tempo.
17 Depois, o rei Zedequias mandou me buscar. Quando cheguei ao palácio, ele me perguntou em segredo:
— Jeremias, você recebeu alguma mensagem de Deus, o Senhor?
— Sim! Recebi! O senhor, ó rei, será entregue nas mãos do rei da Babilônia.
18 Então aproveitei para perguntar a Zedequias:
— Qual foi o crime que cometi contra o senhor, ó rei, ou contra as autoridades, ou contra este povo, para que me pusessem na cadeia? 19 Onde estão os seus profetas que lhe diziam que o rei da Babilônia não ia atacar nem o senhor nem este país? 20 Portanto, ó rei, meu senhor, agora peço que faça o que vou pedir. Por favor, não me mande de volta para a casa do seu escrivão Jônatas, pois, se eu voltar, vou acabar morrendo ali.
21 Então o rei Zedequias ordenou que me pusessem no pátio da guarda. Todos os dias me davam um pão de padaria, até que acabou todo o pão que havia na cidade. E assim fiquei no pátio da guarda.


Comentário:

JEREMIAS 37 – Quando a alma se rende inteiramente à Palavra de Deus um poder sobrenatural toma posse do coração; porém, quando se rejeita à Palavra de Deus, outro poder que diferente toma posse das atitudes e ações.
“Está amarrado” nunca foi frase do profeta Jeremias. Ser blindado diante das provações também nunca foi sua prerrogativa. No entanto, ele não receava expor a revelação de Deus com devoção e dedicação, ainda que se levantasse a oposição (vs. 1-14).
Por medo, o rei Zedequias solicitou a Jeremias que orasse pelo sucesso dos egípcios que afugentaram os babilônicos que cercara Jerusalém. Todavia, contrariamente, Jeremias não orou; ele avigorou sua mensagem de que Deus certamente traria juízo à Jerusalém. Por relatar a verdade, o profeta parou numa prisão subterrânea. Ah! Antes disso, ele fora acusado injusta e falsamente!
Pior, ia me esquecendo...: Além de acusarem Jeremias, e de o terem jogado num calabouço, “os príncipes, irados..., açoitaram-no...”. Entretanto, Jeremias não se intimidou. Quando secretamente procurado por Zedequias por palavra do Senhor, o profeta, na prisão, não titubeou. Sua resposta? “Nas mãos do rei da Babilônia serás entregue” (vs. 16-17).
Contudo, Jeremias foi solto da prisão, ficou no átrio da guarda, onde a cada dia lhe traziam um pão da Rua dos Padeiros, até que acabou todo o pão que havia na cidade (vs. 18-21).
Críticas e acusações contra os servos de Deus brotam daqueles que não se rendem à Palavra de Deus (vs. 1-13). Acusado de deserção, torturado, humilhado e encarcerado, Jeremias conservou-se com fé inabalável, um poderoso legado para os que enfrentam provações e perseguições ao servir ao Senhor (vs. 11-21).
Aplicações à vida:
1. O servo de Deus nem sempre intercede por todos os pedidos de oração;
2. O servo de Deus nem sempre está isento de tribulações e aflições;
3. O servo de Deus nem sempre está livre das ações injustas dos ímpios;
4. O servo de Deus nem sempre está em boas condições ou reclamando seus direitos por falta delas;
5. O servo do Senhor não fala o que as pessoas querem ouvir, mas o que o Senhor pedir para falar.
Servir a Deus é arriscado, mas é melhor que servir ao pecado. Enquanto o pecado escraviza, Deus liberta, protege, ama e guia

Pr. Heber Toth Armí.

A ESTRADA QUE ME LEVA!

Rum... Que ironia essa minha!
Esta estrada nunca definha!
Quanto mais fujo de ti
Mais de mim tu te aproximas.
Nada mais faz sentido.
Estou farto de mim mesmo.
Perdi minha bússola do bom senso,
Rasguei meu mapa moral
Destruí meus pontos cardeais.
Estou preso em armadilhas fatais
que eu mesmo criei.
A calamidade se apoderou de mim.
Eis que eu já fui o lado irracional e malévolo,
Hoje temo o destino que tracei. 
Viajante sem rota
Sem guia, sem rumo,
Sem lei!
O vento favorável não me foi outorgado.
Tudo o que me resta é sentar
e observar pela janela
o desenrolar dos fatos!
Ai de todos nós
Peregrinos desta vida!
Tomara que ainda achemos uma saída!

Lee

QUISERA ( A La Quintana)


Quisera ser eu tal qual carta amarelecida
E sensibilizar o coração de minha querida!

Quisera ser eu tal qual maré montante
E trazer de volta os bons tempos num instante!

Quisera ser eu tal qual quilhas afundadas
Levaria eternamente recordações de minha amada!

Quisera ser eu até mesmo,
suscetível cadáver amarrado ao mastro 
Arrastando correntes,
 eu já agora sigo teu rastro!

Ai de mim, ai de ti o velho mar profundo! 
Por desventura não sou nem mesmo,
tal qual Quintana que sempre vem a tona!
Sou marinheiro atroz em busca de tua voz!

Por sorte, ... um dia destes...
Ainda poderei ouvi-la novamente!
Pois, deste mar profundo
Não sou eu nenhum emergente!
Sou eu o mesmo...
E sempre serei!

Lee