sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O medo de se envolver... reflexos da autoestima

O medo de se envolver num relacionamento amoroso e sofrer impede muita gente de experimentar um relacionamento amoroso feliz. O amor acontece naturalmente e precisa de oxigênio para crescer. O medo de um envolvimento emocional pode impedir a experiência do amor autêntico.
“São muitos os dilemas da paixão amorosa. Muita gente se convence de que amar é sofrer”, diz a psicóloga  escritora Maria Helena Matarazzo.
“Uma das maiores contradições a respeito do amor é que, se ele não tem continuidade, não se realiza. Em contrapartida, se continua, pode acabar se enfraquecendo. O amor moderno é flutuante, episódico, sem compromisso com o amanhã”, diz ela
Essa pode ser a razão pela qual é tão comum que as pessoas desenvolvam o medo de se envolver com alguém.
Diante da falta de comprometimento na relação, a pessoa tem medo de se apaixonar de verdade e sofrer.
Algumas pessoas, mais idealistas, têm a expectativa de que o amor deveria ser como imaginam. Outras, mais realistas, creem que o amor é incerto e pode causar dor.
"O amor deve se encaixar à vida. Todos querem amar, mas têm medo porque acham que não vão receber o mesmo amor de volta. O resultado são renúncias, desapaixonamentos e abandonos que criam uma enorme descrença em relação ao amor, diz Maria Helena.
Temores  que podem acabar com as chances do romance acontecer.
Medo da Frustração.
O receio de que o relacionamento dê errado e a outra pessoa acabe com tudo é bastante comum. Relacionamentos que terminam fazem parte da vida e acontecem até que a pessoa encontre um parceiro(a) com quem construir uma vida a dois.
O que fazer?
Deixar fluir é a melhor escolha diante da incerteza que o início de todo relacionamento que se inicia. Quanto menor a expectativa, melhor.
Quando se está pronto e o desejo de ter um relacionamento amoroso autêntico existe, o encontro com aquele alguém acontece, mais cedo ou mais tarde. 
Enquanto não se encontra a pessoa certa, cada experiência traz aprendizado que pode ajudar o amadurecimento emocional do indivíduo. Quanto mais preparado se está, maiores as chances de ser feliz no relacionamento.
Medo do compromisso
O fato de começar a namorar alguém não significa que está se comprometendo com a pessoa.  Antes que isso aconteça, os dois precisam de espaço emocional para perceberem o que realmente sentem pelo outro.
Querer apresentar a família ou fazer planos para o futuro deve ser uma consequência do desejo dos dois, e nunca uma imposição.
Muita gente perde bons momentos na vida por medo de entrar numa situação da qual não consiga sair depois. Se este é seu receio, isso é sinal de que você precisa fortalecer a sua capacidade de dizer o que sente e o fazer as escolhas que deseja.
O que fazer?
Ouse e o poder lhe será dado. Ou, como diz o ditado popular, quem não arrisca, não petisca.
É natural viver alguns relacionamentos até encontrar a pessoa certa. Melhor: relações que não prosseguem trazem aprendizado precioso se a pessoa estiver disposta a aprender com experiências vividas.
Em vez de se preocupar com o compromisso, o mais saudável é se ocupar em viver um dia de cada vez, deixando a relação respirar, pois a falta de oxigênio acaba com o amor.
Quando o amor acontece de fato, o compromisso se torna uma escolha e nunca uma imposição. Mas quem não correr riscos não se decepciona, mas dificilmente conhecerá a plenitude amorosa.
Medo de sofrer
O medo de ser rejeitado, de amar demais e depois viver o abandono, sofrer por ciúmes, perder o que pensou ter construído pode provocar um sofrimento imenso.
Ninguém tem controle sobre os acontecimentos, e quase todo mundo passar por isso em algum momento da vida. Faz parte do jogo.
Mas se não temos como prever o que acontecerá, todo mundo pode escolher sua atitude diante dos fatos.
O medo de sofrer, em geral, não tem fundamento e ao fazer isso, você está projetando no futuro algo que aconteceu no passado.
Lembre-se: O futuro não é igual ao passado. Transforme o medo de sofrer em poder pessoal e consciência de que você pode e deve pilotar as suas reações diante das experiências que se apresentam.
O que fazer?
Focar  no positivo investindo na educação emocional. Para isso é fundamental prestar atenção nas atitudes e pensamentos.
É importante que a pessoa não siga por caminhos autodestrutivos, nem reforce pensamentos negativos.
Aonde você coloca a sua atenção, você coloca a sua energia. Escolha pensar e mentalizar o que deseja.
Sentir-se incapaz – a baixa autoestima ou a visão negativa de si mesmo(a) pode fazer com que uma pessoa duvide de sua capacidade de fazer alguém feliz, de levar uma vida boa e tranquila.
Quem não se sente merecedor(a) de amor, acaba sabotando os relacionamentos sem perceber. Tenha em mente que se alguém o(a) escolheu, é porque gosta do que vê em você e tem boas expectativas quando imagina a vida ao seu lado.
O que fazer?
Autoestima precisa ser cultivada. Ninguém precisa expor ao outro a sensação de que não se sente seguro ou digno de ser amado. Nada de demonstrar a sensação de inferioridade, pois isso depõe contra a pessoa.
Por isso, investir na autoestima é o melhor caminho para quem está em busca de um relacionamento amoroso pleno.
Quem sente que que precisa de apoio, precisa ter a iniciativa de procurar ajuda.
Seja em uma psicoterapia,  recorrendo a se amigos mais experientes em quem se confia.
É importante levar em conta de que quando se relaxa, a vida tende a seguir seu caminho da melhor forma, abrindo espaço para a alegria.
O medo impede o amor.
Se você tem medo de entrar numa relação e depois tudo dar errado, atenção. É provável que esteja projetando sofrimentos passados no futuro.
O fato de ter sofrido antes por amor não significa que continuará se decepcionando.
Mas atenção para aprender as lições contidas nas experiências que não deram certo. Elas trazem a chave para romper com padrões antigos e atrair um amor bem sucedido.
Nada de tentar prever o futuro – em vez disso, viva da melhor maneira que conseguir a cada dia. Quem está presente no aqui e no agora, constrói a cada momento, um futuro pleno.
Tenha em mente que sua felicidade ou tristeza dependem de você mesmo(a). Lembre-se: quando um trem não para na nossa estação é porque não era o nosso trem.

Karen Luchesi

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